INDICADOS
A premiação da Sociedade de Efeitos Visuais – Visual Effects Society Awards – tem nada menos do que 12 categorias de Cinema (além das de Televisão e de Publicidade). E o grande vencedor deste ano foi Star Wars: O Despertar da Força (Fotografia Virtual, Efeitos Visuais, Modelos Animados e Criação de Cenários). Logo em seguida vem O Regresso (Composição de Cena, Efeitos Visuais Coadjuvantes e Personagem Animada) e, por fim, Mad Max: Estrada da Fúria (Simulação de Efeitos) – Divertida Mente e O Bom Dinossauro também ganharam em algumas categorias, porém nas restritas à Animação. Perdido em Marte teve apenas uma indicação – e perdeu. Já o discreto Ex-Machina: Instinto Artificial, uma produção inglesa que nem chegou a ser exibida nos cinemas brasileiros, ganhou o Bafta e o British Independent Film Awards, além de ter sido indicada nas premiações dos críticos de Londres e de Seattle. Dentro deste conjunto, o resultado parece um tanto óbvio. Mas vá que surja alguma surpresa?
Com quatro prêmios da VESA e mais de US$ 2 bilhões somados nas bilheterias de todo o mundo, é difícil imaginar que o sétimo capítulo da saga Star Wars não irá adicionar a esse impressionante desempenho também algumas estatuetas douradas. E das cinco indicações que o longa recebeu, aqui é onde ele tem mais chances de vitórias – e um resultado absolutamente merecido!
Ainda que um reconhecimento para o longa de J. J. Abrams seja inevitável, é também quase impossível não lamentar que, como consequência, qualquer eventual prêmio que receber será um a menos para o épico de George Miller! A quarto capítulo da saga Mad Max é energia pura, instinto e alucinação, e muito disso se deve ao incrível visual apresentado e aos efeitos proporcionados pela tela grande, de deixar qualquer um duvidando do que está presenciando. Da protagonista de um só braço – como assim, Charlize Theron? – às perseguições ensandecidas no meio do deserto, tudo é uma grande combinação de real com imaginário, e o mérito de não conseguirmos delimitar onde acaba um e começa o outro e apenas mais um dos tantos feitos desse filme impecável!
Se sua indicação, por si só, já foi uma grande surpresa, uma vitória teria, ao menos, o efeito de colocar em evidência a falta de visão dos distribuidores nacionais, que nem se esforçaram para exibi-lo na tela grande – seu lançamento foi direto em home vídeo e on demand. Ainda assim, temos aqui um concorrente de peso, que concorre também como Roteiro Original e tem no seu trio de atores – Alicia Vikander (indicada como Coadjuvante por A Garota Dinamarquesa), Domhnall Gleeson e Oscar Isaac – estes dois presentes também em Star Wars: O Despertar da Força – um dos seus maiores méritos. Certamente não é o favorito, mas qualquer surpresa aqui seria bem-vinda!
Talvez um dos filmes mais subestimados do último ano, este incrível longa de Robert Zemeckis recria um inacreditável feito real com a mais absoluta verossimilhança – e nada disso teria sido possível se não tivesse sido empregado os mais primorosos efeitos visuais disponíveis. A história do homem que conseguiu se equilibrar em um cabo suspenso no alto entre as duas torres do World Trade Center, em Nova Iorque, leva qualquer um da plateia a se sentir na mesma posição do protagonista, em um resultado de causar, literalmente, vertigem! Indicado ao VESA nas categorias de Efeitos Visuais Coadjuvantes, Criação de Cenários e Fotografia Virtual, acabou perdendo uma vaga foi ocupada, obviamente, pelo exagerado Perdido em Marte. Uma pena!