Em 6 de outubro, começa a 10ª edição do Olhar de Cinema: Festival Internacional de Curitiba. Pelo segundo ano consecutivo, o evento ocorre de modo online, com sessões programadas para dias específicos, no site do festival. Serão exibidas dezenas de obras brasileiras e internacionais, com foco em iniciativas ousadas em termos de linguagem e discurso.
O conteúdo se divide entre Mostra Competitiva, com produções inéditas, a Mostra Outros Olhares, onde produções recentes dialogam com obras que circularam por festivais internacionais; a Mostra Novos Olhares, consagrada a títulos radicais em suas propostas; a Mostra Olhares Brasil, para filmes que se destacaram em outros festivais nacionais, e Mostra Foco, dedicada especificamente ao trabalho do cineasta Kamal Aljafari, entre outras.
O Papo de Cinema vai acompanhar a programação diariamente, privilegiando o cinema brasileiro, e atualizando esta matéria especial com críticas e entrevistas:
:: Filme de Abertura ::
O Dia da Posse
Brasil, 70 minutos
De Allan Ribeiro
Com Brendo Washington
Nossa crítica: “O efeito é tão agradável, no sentido da fluidez, quanto frouxo no que diz respeito à ambição artística”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
:: Mostra Competitiva ::
Longas-metragens
O Sonho do Inútil
Brasil, 72 minutos
De José Marques de Carvalho Jr.
Com Douglas Santos, Aluã Topeira, Daniel Nascimento, Diego Ald
Nossa crítica: “Os amigos testam os limites da lei e do corpo, tendo como limite óbvio a morte. Suas performances em praça pública, transmitidas pelas redes, assemelham-se aos happenings, afrontando o sistema que os invisibiliza”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Rio Doce
Brasil, 90 minutos
De Fellipe Fernandes
Com Okado do Canal, Cíntia Lima, Cláudia Santos, Carlos Francisco, Nash Laila, Thassia Cavalcanti , Amanda Gabriel
Nossa crítica: “Okado do Canal, rapper cuja música é apresentada durante os letreiros finais, efetua um trabalho desafetado ao limite da apatia: ele tem dificuldade de imprimir variações de tom e intenção, nuances na fala e no olhar”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Rolê: Histórias dos Rolezinhos
Brasil, 82 minutos
De Vladimir Seixas
Com Thayná Trindade, Jefferson Luis, Priscila Rezende
Nossa crítica: “Para o diretor Vladimir Seixas, o fenômeno constitui um ponto de partida para discutir o racismo estrutural no Brasil, o impacto do rolê e de outras performances culturais e artísticas, além do empoderamento de pessoas negras dentro de um país fortemente desigual”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Curtas-metragens
A Máquina Infernal
Brasil, 30 minutos
De Francis Vogner dos Reis
Com Carolina Castanho, Glauber Amaral, Carlos Escher, Talita Araujo, Renan Rovida, Carlos Francisco, Maria Leite, Martha Guijarro, Carlota Joaquina, Luis Chierotto, Allan Petterson dos Reis
Nossa crítica: “Sabemos que algo horrível acontecerá ali dentro, algo confirmado pela tragédia desde a introdução. A fábrica se converte no ponto de encontro entre prisão, cativeiro, labirinto e abatedouro”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Entrevista: “São máquinas gritando como corpos, e corpos quebrando como máquina”, explica Francis Vogner dos Reis
:: Mostra Outros Olhares ::
A Matéria Noturna
Brasil, 89 minutos
De Bernard Lessa
Com Shirlene Paixão, Welket Bungué, Altamir Furlane, Melanie de Vales, Suely Bispo, Luciene Camargo, André Félix, Ivna Messina
Nossa crítica: “A decisão de ocultar os conflitos principais […] torna os personagens opacos, e seus gestos, inconsequentes. Nunca compreendemos a experiência sentida pelo aborto, o roubo, a solidão, o medo noturno em Jaiane”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Deus Tem AIDS
Brasil, 82 minutos
De Fábio Leal, Gustavo Vinagre
Com Carué Contreiras, Ernesto Filho, Flip Couto, Kako Arancíbia, Marcos Visnadi, Micaela Cyrino, Paulx Castello, Ronaldo Serruya
Nossa crítica: “Leal e Vinagre naturalizam os corpos e o afeto de pessoas soropositivas. […] A imagem se aproxima dos indivíduos pela perspectiva do abraço”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
:: Mostra Novos Olhares ::
A Cidade dos Abismos
Brasil, 96 minutos
De Priscyla Bettim, Renato Coelho
Com Verónica Valenttino, Sofia Riccardi, Carolina Castanho, Guylain Mukendi
Nossa crítica: “Para abordar a vida de quatro pessoas à margem – duas travestis, uma mulher solitária e um imigrante africano -, busca-se uma forma equivalente de marginalidade estética”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Esquí
Argentina, Brasil, 74 minutos
De Manque La Banca
Com Manque La Banca
Nossa crítica: “Nenhum recurso é descartado dentro desta abordagem alegremente caótica: tanto os depoimentos de turistas quanto reconstituições trash de um suposto monstro são incorporadas ao longa-metragem onde a forma se torna conteúdo”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Virar Mar
Brasil, Alemanha, 85 minutos
De Philipp Hartmann, Danilo Carvalho
Com Johannes Kirschbaum, Fernando Pimentel, Inga Richter, Larissa de Melo, Janayra Alves, Lorena Ahadzi, Jochen Picht, Angela Anzi, Astrid Adverbe, Idson Ricart, Leleda Sousa, Josafá Ferreira Duarte, Roger Ribeiro
:: Olhares Brasil ::
O Bem Virá
Brasil, 79 minutos
De Uilma Queiróz
Nossa crítica: “Os encontros com as mulheres se mostram protocolares, rígidos, transparecendo o desconforto das entrevistadas e da própria cineasta na condução das perguntas”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
:: Exibições Especiais ::
Capitu e o Capítulo
Brasil, 75 minutos
De Júlio Bressane
Com Mariana Ximenes, Vladimir Brichta, Djin Sganzerla, Enrique Diaz, Saulo Rodrigues
Nossa crítica: “Bressane prefere dispersar o tempo e o espaço – por definição, os dois elementos que nos aproximariam melhor de uma relação referencial com Machado de Assis”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
:: Mostra Olhares Brasil ::
Carro Rei
Brasil, 99 minutos
De Renata Pinheiro
Com Luciano Pedro Jr., Matheus Nachtergaele, Jules Elting, Tavinho Teixeira, Clara Pinheiro, Adélio Lima, Ane Oliva
Nossa crítica: “Uma obra onde a violência ultrapassa a morte humana, preferindo sua escravidão – uma fábula a respeito de ovelhas elegendo a raposa para governá-las”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Mirador
Brasil, 95 minutos
De Bruno Costa
Com Edilson Silva, Maria Luiza da Costa, Stephanie Fernandes
Nossa crítica: “O aspecto brutal da mise en scène resulta na sobrecarga do corpo enquanto símbolo onde todas as emoções de Maycon se traduzem”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Nuhu Yãg Mu Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!
Brasil, 70 minutos
De Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero
Nossa crítica: “O resultado constitui um ato de resistência por si próprio […]. No entanto, o conteúdo do grito precisaria, em primeiro lugar, encontrar uma estética do grito, e em segundo lugar, saber a quem dirigir sua voz”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
Subterrânea
Brasil, 83 minutos
De Pedro Urano
Com Silvana Stein, Negro Léo, Clara Choveaux, Helena Ignez, Cabelo Cobra Coral
Nossa crítica: “A principal ambição se encontra em tornar a História e a Geologia duas áreas atraentes ao público médio por meio de uma aventura no Rio de Janeiro”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
:: Filme de Encerramento ::
Nós
Brasil, 8o minutos
De Letícia Simões
Com Karim Aïnouz, Pêdra Costa, Nitcheva Osanna, Enver Melis, Tsead Bruinja
Nossa crítica: “É curioso que a noção de nomadismo, mencionada diversas vezes nas conversas, diga respeito quase exclusivamente a pessoas dotadas de certo conforto financeiro, capazes de partir a outras partes do mundo por livre escolha”. Leia na íntegra o texto de Bruno Carmelo.
:: Notícias ::
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