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O relativo sucesso de A Escolha Perfeita (2012) abriu as portas para esta continuação, na qual as Barden Bellas entram para o campeonato mundial de canto a capela depois de uma apresentação desastrosa para ninguém menos que o presidente dos Estados Unidos. Proibidas de competir no âmbito acadêmico e até mesmo de aceitar novas integrantes, elas precisam provar seu valor na competição global da qual, para complicar ainda mais, nunca uma equipe norte-americana saiu vencedora. A Escolha Perfeita 2 chegou ao circuito dividindo opiniões, até mesmo entre os que gostaram do primeiro filme. Como divergência é o motor dos nossos Confrontos, chamamos os críticos Conrado Heoli e Thomas Boeira, respectivamente atacante e defensor, para debater o filme dirigido por Elizabeth Banks. E você, de que lado fica? Confira e não deixe de opinar.

 

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A FAVOR :: Nunca perde sua energia contagiante”, por Thomas Boeira
Se uma fórmula deu certo na primeira vez, por que não daria na segunda? Este é o pensamento por trás de boa parte das continuações que saem por aí, e isso inclui este A Escolha Perfeita 2. O que ocorre com as Barden Bellas aqui não é diferente do que vimos no ótimo primeiro filme, com a diferença da escala maior e das meninas precisarem recuperar o talento e a confiança num campeonato mundial de a capela. Por mais que pontualmente a impressão seja a de vermos a mesma história de antes, até com certas set pieces recriadas (exemplos, o mico inicial e a breve competição na casa de um ricaço), o longa nunca perde sua energia contagiante, algo que se vê principalmente nos números musicais, além do carisma das personagens novamente ajudar para que torçamos por elas. Aliás, o filme ainda mostra saber como divertir com as peças à sua disposição, sendo possível notar também a eficiência de Elizabeth Banks na condução da narrativa, ela que estreia como diretora. Pode não ser uma continuação tão boa quanto o filme original, mas ainda funciona bem.

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CONTRA:: “Uma cópia ruim em tantos aspectos”, por Conrado Heoli
Há uma maldição que cerca o segundo álbum de músicos e bandas que atingiram êxito absoluto em sua estreia e fracassam em seus discos posteriores, também conhecida como síndrome do segundo álbum ou, no inglês, sophomore slumps. Ainda que se trate de um filme, tal sintoma é evidente em A Escolha Perfeita 2, e cabe à produção pela musicalidade inerente que a mesma carrega em sua narrativa principal. Enquanto tenta a todo custo superar seu percussor, a comédia acaba apenas como uma cópia ruim em tantos aspectos: a atuação é essencialmente exagerada e caricaturesca, a trilha musical é pouco inspirada, os números de a capela não são nada memoráveis ou emocionantes e Elizabeth Banks não justifica sua estreia como diretora. Um dos principais charmes estava na imprevisibilidade e o maior erro desta sequência está no quão calculada ela é; o espectador até pode ser surpreendido pelo dobro de piadas, mas estas merecem apenas metade das risadas. Talvez os fãs fieis do original não se importem, mas mesmo para eles este filme deve parecer como o reencontro de uma antiga banda favorita: apenas vale o ingresso pelos bons e velhos tempos.

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