Atualmente, a polarização reina quando determinado assunto descamba ao terreno da polêmica. Ultimamente, as pessoas ou amam ou odeiam as coisas, sem meios termos. É assim com as pautas políticas, sociais e, com certeza, cinematográficas. Infelizmente, os discursos estão cada vez mais inflamados, o que deixa pouca margem para ponderações e aprofundamentos. Mas, não há filme recente tão drasticamente debatido quanto Dunkirk (2017), por seus próprios méritos e deméritos e pela direção de um britânico que normalmente suscita discussões acaloradas. De um lado, os admiradores de Christopher Nolan fazem tudo para “provar” que ele é um gênio do calibre de, por exemplo, Stanley Kubrick. De outro, os detratores investem não menos tempo e palavras (ferozes) para supostamente expor a fragilidade de seus trabalhos. Como aqui no Papo de Cinema o nosso lance é pensar sobre os filmes, o mais profundamente possível, resolvemos promover um Confronto entre Leonardo Ribeiro, que realmente não viu muita graça na engenharia de guerra de Nolan, e Matheus Bonez, que, por sua vez, ficou fascinado pelo longa-metragem empenhado em reconstituir a batalha de Dunquerque. Bora, então, pesar prós e contras, levantados num debate bastante sadio de ideias, sem extremos? Confira clicando nas setas à direita.