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Frozen: Uma Aventura Congelante (2014) é um dos grandes êxitos recentes da Disney. Os cinemas lotaram, as lojas de brinquedos e o comércio informal ficaram abarrotados de bonecas das princesas, a música-tema Let It Go foi uma das mais tocadas da temporada, ou seja, o pacote todo emplacou. Mas, o filme faz jus a esse barulho provocado ou é só mais uma peça engenhosa do departamento de marketing da casa do Mickey? Passado um bom tempo da estreia, agora dá para apontar com mais calma as eventuais potencialidades e fragilidades do filme, dimensionando sua força e permanência, sem a pressa que o lançamento exige. Para discutir sobre Frozen: Uma Aventura Congelante, chamamos ao Confronto da semana os críticos Marcelo Müller e Yuri Correa, respectivamente atacante e defensor da animação. Confira e não deixe de opinar.

 

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A FAVOR :: “Nasce já como um clássico”por Yuri Correa
É relativamente fácil defender Frozen: Uma Aventura Congelante. Personagens carismáticos? Tem. Design de produção fabuloso? Tem. Números musicais que não estão lá só para bonito, jogando também a trama para frente, enquanto se mostram divertidos e cantaroláveis (para dizer o mínimo, quem aqui já conseguiu parar de cantar Let it Go?)? Tem! Não fosse apenas isso, a animação ainda brinca com os velhos clichês estabelecidos no imaginário popular pela própria Disney: o príncipe é um canalha, o amor verdadeiro não precisa vir de um herói, e a princesa pode salvar a si mesma. Frozen: Uma Aventura Congelante proporciona gratas surpresas, uma atrás da outra, nascendo já como um clássico. Não por acaso, estreou no começo do ano aqui no Brasil e já alimenta diversas referências da cultura pop e memes nas redes sociais, como se fosse um Titanic (1997) da vida. Repleto também de um subtexto pouco óbvio sobre a autoaceitação, o preconceito e a segregação, acaba provando que, sim, animações podem, e devem, respeitar a inteligência de todo o público, mesmo voltadas principalmente às crianças.

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CONTRA :: “Não vai além do aproveitamento de boas ideias utilizadas quase à exaustão, inclusive em filmes melhores”, por Marcelo Müller
Frozen: Uma Aventura Congelante é um típico filme Disney, típico ao ponto de a menina de oito anos que o assistia comigo dizer meio fatigada já nos primeiros minutos: “vai ter um casamento, afinal nos filmes de princesas sempre tem um casamento”. Há ali uma fórmula bem definida e, inclusive, um coadjuvante mais carismático que o restante dos personagens, algo quase obrigatório nas animações de hoje. Do ponto de vista técnico, nada a reclamar, mas, ora, estamos falando da Disney, se eles não possuem excelência nesse quesito, quem terá? Mas, também não sejamos por demais ranzinzas, a história das duas princesas separadas pelo destino impiedoso de uma delas até que é um divertimento legal, ainda que remeta demais a Enrolados (2010) – e, por conseguinte, à história de Rapunzel. Contudo, mesmo que entre mortos, feridos e congelados, sobrem bons momentos, Frozen: Uma Aventura Congelante não vai além do aproveitamento de boas ideias utilizadas quase à exaustão, inclusive em filmes melhores.

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