20170708 homem aranha de volta ao lar papo de cinema 1

Logo após os créditos iniciais, um letreiro surge na tela e deixa bastante claro o que está por vir: “A Film By Peter Parker”. Ou seja, “um filme de Peter Parker”. Ou sobre Peter Parker, a identidade secreta do herói. Essa é a chave para melhor compreender – e aproveitar – a terceira reencarnação do Amigão da Vizinhança no cinema. Tobey Maguire tinha 26 anos quando interpretou o Cabeça de Teia, e Andrew Garfield, 28. Os 18 anos do talentoso Tom Holland vêm muito a calhar, ainda mais quando nos damos conta que estamos falando de um personagem adolescente. O diretor Jon Watts deixa um pouco de lado os feitos heroicos – ainda que eles existam, e em boa quantidade – para se focar no desenvolvimento desse garoto que precisa aprender a lidar com poderes extraordinários. E o melhor: tudo isso sem ser uma trama de origem. Os coadjuvantes não roubam a cena – até o Homem de Ferro de Robert Downey Jr. aparece discretamente – e o vilão Abutre, vivido por Michael Keaton, é um dos melhores do Universo Cinemático Marvel. Com um visual deslumbrante, porém cativante o suficiente para possibilitar uma melhor identificação com o público, temos aqui um filme sobre o homem – ou jovem – por trás da máscara, exatamente como qualquer um de nós do lado de cá da tela, que também sonhamos com todas essas possibilidades incríveis, mas, assim que acaba a sessão, somos obrigados a enfrentar a dura realidade. Este Homem-Aranha acerta em todos os seus objetivos, sem falar que é dono de um dos melhores finais de todos os tempos. Afinal, “What the F…!” é exatamente o que cada espectador tem a dizer após tamanha surpresa! – por Robledo Milani

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