O conceito de viagem temporal não é novo no cinema. Utilizado em diversas produções, dos mais diferentes perfis, ele é retomado agora em No Limite do Amanhã (2014), superprodução dirigida por Doug Liman – diretor que alterna realizações de grande orçamento e obras mais modestas. Na trama, Bill Cage (Tom Cruise) vive repetidamente o dia do confronto final com alienígenas que ameaçam a raça humana. A cada renascimento ele adquire informações que lhe permitem antecipar eventos e, com isso, vê aumentada sua chance de mudar o rumo da história.
Bom filme ou presepada que só ludibria o espectador? Tom Cruise ainda convence como herói de ação? E Emily Blunt, como se sai? Para debater sobre No Limite do Amanhã, os críticos Robledo Milani e Thomas Boeira elencam, respectivamente, deméritos e méritos do longa. Confira e não deixe de opinar.
A FAVOR :: “Um dos blockbusters dessa temporada que mais merece destaque”, por Thomas Boeira
Misturando elementos vistos em obras como Feitiço do Tempo (1993), Contra o Tempo (2011) e Círculo de Fogo (2013), No Limite do Amanhã é surpreendentemente eficaz. Com sequências de ação muito bem dirigidas por Doug Liman – ele que nunca deixa o ritmo da história cair – a produção consegue prender a atenção do público durante a maior parte da projeção. Além disso, o filme é repleto de momentos divertidos, principalmente pelo fato do protagonista William Cage (Tom Cruise) ficar de saco cheio por precisar morrer centenas de vezes para cumprir sua missão de destruir a raça alienígena que ameaça os humanos. Cruise, aliás, volta a mostrar que é um herói de ação confiável, encarnando Cage com determinação, surgindo cada vez mais seguro à medida que seu personagem aprende com os próprios erros. Já Emily Blunt, como Rita Vrataski, é uma parceira perfeita, e a dinâmica da dupla surge como um dos pontos altos do longa. Apesar de contar com final ligeiramente decepcionante, por soar um tanto comum e seguro demais, No Limite do Amanhã ainda assim é um dos blockbusters dessa temporada que mais merece destaque.
CONTRA :: “Quem tem razão, aqueles com opinião pessoal ou o que apresenta argumentos embasados?”, por Robledo Milani
No Limite do Amanhã é um dos títulos mais comentados dos últimos tempos aqui no Papo de Cinema. Mas, na opinião dos leitores dispostos a se manifestarem, houve 100% de reprovação à minha visão crítica do filme. No entanto, apesar de ter esse espaço para apontar os problemas que nele percebo, não o farei, pois os mesmos estão na crítica já publicada, e fundamentados. Os que me atacaram, por outro lado, pouco fizeram além de ser rasos e superficiais. Fica a impressão de que crítica boa é apenas aquela que concorda com o que você já pensa. Ninguém quer refletir, trocar, discutir. Muitos ali apontaram o fato da maior parte da crítica especializada ter gostado desta aventura estrelada por Tom Cruise, como se isso fosse suficiente. Por outro lado, o mesmo longa foi um grande fracasso de bilheteria, um dos piores da carreira recente do astro. Então surge a dúvida: se num caso como esse, em que o crítico aqui concordou com a maioria do público que desprezou o filme e ainda assim é atacado ferozmente por alguns, quem, afinal, tem razão? Os raivosos sem argumentos além da opinião pessoal ou aquele que levanta fatos, situações e elementos concretos que fundamentem sua avaliação?
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