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A adaptação cinematográfica de O Hobbit, livro de J. R. R. Tolkien cujos eventos precedem os de O Senhor dos Anéis, tem em O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos (2014) sua ultima parte. Sim, pois Peter Jackson resolveu dividir a história em três filmes, talvez por realmente acreditar que isso ajudaria na exploração da jornada de Bilbo e dos anões, ou mesmo em virtude da avidez por capitalizar três vezes, ao invés de uma, sobre o grande interesse do público pela Terra Média. Certeza mesmo, apenas que os dois primeiros longas dessa trilogia, O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012) e O Hobbit: A Desolação de Smaug (2013), polarizaram opiniões, tanto que nós, do Papo de Cinema, fizemos Confrontos a respeito de ambos (que podem ser lidos aqui e aqui). Não é muito diferente do que vem acontecendo com O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos. Portanto, para fecharmos a trinca de Confrontos sobre O Hobbit, convidamos à arena os críticos Adriana Androvandi e Yuri Correa, respectivamente atacante e defensor do filme de Peter Jackson. Confira e não deixe de opinar.

 

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A FAVOR :: “Quer ser um passeio na montanha russa, e consegue”, por Yuri Correa
É um clímax de duas horas e meia, tem o ritmo e a intensidade de um, então se entediar é quase impossível. Capítulo final da trilogia, mas episódio de transição entre as duas dirigidas por Peter Jackson, o filme adota tanto o tom de despedida quanto o de promessa, O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos não é só um bom desfecho, como também um bom presságio – e a vontade de sair revendo O Senhor Dos Anéis: A Sociedade do Anel (2001) é inevitável. Não se propondo a ser uma obra profunda como as que compunham a Trilogia do Anel, O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos quer ser um passeio na montanha russa, e consegue. Com ação do início ao fim, sempre regada de toneladas de efeitos visuais de primeira, o filme realmente se foca na batalha do título, dividindo-se entre o cômico e o dramático ao longo de sua duração. E se Martin Freeman continua um Bilbo Bolseiro exemplar, com seu timing perfeito, fica a cargo de outros personagens nossa condução através da tensão, do romance e do drama, que existem e funcionam, ainda mais no final do terceiro ato. É épico de uma maneira que só o realizador de O Senhor dos Anéis poderia conceber, e uma bem-vinda e nova chance de dizer: “até mais, Terra Média”.

 

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CONTRA :: “A saga se esvaziou de emoção perante a grandiosidade dos efeitos especiais “, por Adriana Androvandi
O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos finaliza a trilogia de Peter Jackson adaptada da obra de J. R. R. Tolkien. Precedido por O Hobbit: A Desolação de Smaug e O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, este longa não inova em nada o trabalho do diretor em relação a sua trilogia anterior, O Senhor dos Anéis.  Nesta aventura, um grupo de anões começou uma jornada para retomar o seu reino, Erebor, na Montanha Solitária, tomado por um dragão. Contando com a ajuda do hobbit Bilbo Bolseiro (Martin Freeman), do mago Gandalf (Ian McKellen), do povo da Cidade do Lago e dos elfos, os pequenos são vitoriosos. Mas é então que chegam os orcs. Desta forma, como diz o título, exércitos irão se encontrar para uma guerra. A partir daí o que se pode esperar é mais do mesmo, em relação aos títulos anteriores: cenas de batalha com anões, elfos e orcs voando pelos ares. A mensagem edificante fica por conta da vitória da amizade sobre a ambição. Mas o filme mostra que a saga se esvaziou de emoção perante a grandiosidade dos efeitos especiais. Tampouco teve um protagonista carismático que conquistasse o público: Martin Freeman é eficiente, mas não arrebatador. Disto se conclui que a saga estava realmente na hora de chegar ao fim.

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