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Primeira grande estreia de 2013, Oz – Mágico e Poderoso chegou aos cinemas precedido de grande expectativa. O longa dirigido por Sam Raimi, realizador da trilogia original do Homem-Aranha, não só retomava os icônicos personagens do clássico O Mágico de Oz (1939) como também se propunha a ir além, narrando o que teria acontecido antes da chegada de Dorothy e seu precioso Totó. Se por um lado o filme foi considerado pela crítica especializada ligeiramente acima da mediocridade (cotação de 60% de aprovação no Rotten Tomatoes), já o público respondeu à altura dos investimentos: a arrecadação em todo o mundo foi mais do que o dobro do milionário orçamento de US$ 215 milhões (uma verdadeira exorbitância). E assim, com tantos defensores quanto detratores, nos propomos esse novo Confronto – uma voz a favor, outra contrária, justificando suas opiniões em até 200 palavras. Confira!

 

oz great powerful image05 e1365880965691A FAVOR:Uma homenagem à importância da ilusão”, por Renato Cabral

O novo filme de Sam Raimi não obteve um resultado superior às expectativas, mas não foi exatamente ruim. Vale lembrar o peso que carrega. Partir de um clássico do cinema não é uma missão fácil. Ainda mais depois de 74 anos da estreia de O Mágico de Oz, que definiu gerações e influenciou dezenas de cineastas e escritores. Dessa vez, pelas mãos dos Estúdios Disney, Raimi faz um prequel, sobre o que antecede a chegada de Dorothy a essa terra mágica, apresentando o surgimento do Mágico em Oz. Para isso, o diretor e os roteiristas Mitchell Kapner e David Lindsay-Abaire se utilizam dos mesmos recursos do primeiro filme – a famosa transição da imagem em sépia para o colorido e a estrada de tijolos amarelos são exemplos – para homenagear a realização original. O filme atual reverencia o de Victor Fleming constantemente, mas não fica somente aí. Também homenageia a importância da ilusão, arte essa que o cinema é o rei e lembrada recentemente em tantos outros títulos. Oz pode não ser superior ao seu antecessor, mas definitivamente é uma produção rigorosa, muito bem atuada e dentro dos padrões Disney.

 

oz02 e1365881006267CONTRA:Não funciona como fábula, aventura e sequer como bom cinema”, por Conrado Heoli

Em tempos de pouca criatividade no quesito ideias originais, a palavra da vez na indústria cinematográfica é adaptar. Oz – Mágico e Poderoso apresenta uma nova roupagem para os personagens clássicos de L. Frank Baum, adorados desde que a estrada de tijolos amarelos do escritor ganhou as telas no filme de Victor Fleming. Evidentemente inspirado pela estética (e bilheteria) de Alice no País das Maravilhas (2010), esta nova produção dos Estúdios Disney não funciona como fábula, aventura e sequer como bom cinema. A monocórdica narrativa dirigida por Sam Raimi, esquemática, tenta se sustentar num fiapo de argumento – tão frágil quanto o balão que cai com James Franco no começo da trama. Ainda que se inicie com um bonito prólogo em preto e branco, as cores e a arte do universo mágico de Oz denunciam o excesso de efeitos e cenários virtuais, assim como a dificuldade dos atores em tornarem tridimensionais seus personagens. Rachel Weisz e Michelle Williams não comovem e Franco até constrange, num desempenho tão ou mais canastrão que sua performance esquecível no Oscar de 2012. Um destaque mais entusiasmado fica com a Mila Kunis verde. No mais, escolha rever (ou descobrir) a obra original.

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