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O Quarteto Fantástico (2015) comandado por Josh Trank, diretor que chamou a atenção, inclusive da indústria, com Poder Sem Limites (2012), gerou e frustrou expectativas em semelhante medida. A Fox, temendo perder os direitos da franquia, já que eles retornariam à Marvel caso outro filme não fosse produzido logo, apostou numa reinvenção completa que fracassou sob o ponto de vista mercadológico. Os muitos problemas de produção vieram à tona ainda antes da estreia e agora, frente às críticas majoritariamente negativas, o próprio Trank atacou publicamente o estúdio que teria tomado o controle criativo da obra que ele não reconhece mais como plenamente sua. Muito além do resultado das bilheterias, o que nos importa aqui é discutir os méritos e os deméritos cinematográficos de Quarteto Fantástico. Para isso, nosso convidado, o jornalista Émerson Vasconcelos (criador e organizador da ComicCon RS), e o prata-da-casa Thomas Boeira, respectivamente defensor e atacante, debatem sobre o filme dos heróis. Confira e não deixe de opinar.

 

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A FAVOR :: Falar que ele é inferior aos dois filmes anteriores não tem o mínimo de razoabilidade”, por Émerson Vasconcelos
O terceiro ato deste Quarteto Fantástico tem tantos erros quanto todo Lanterna Verde (2011), mas não posso dizer que desgosto do filme. E explico, pois meu parecer é uma questão matemática. Considerando que em dois terços da trama os personagens são bem desenvolvidos e que a premissa me deixou colado na cadeira, não teria cabimento jogar a avaliação do longa lá embaixo, me apegando apenas no amontoado de erros apresentados no terço final. Entre dois atos muito bons e um ruim (sequer chamo de péssimo, pois isso seria compará-lo ao que vimos em Mulher-Gato, 2004, e Elektra, 2005, por exemplo) prefiro calcar minha avaliação nos dois primeiros. Falar que o novo Quarteto Fantástico é inferior aos dois filmes anteriores não tem o mínimo de razoabilidade. As pessoas esqueceram o vilão em forma de nuvem gigante na produção que conta com o Surfista Prateado? E o Coisa? A caracterização dada por Josh Trank, mesmo com menos tempo de tela, se mostrou muito mais verossímil, tanto no visual quanto na personalidade. De qualquer forma, espero realmente que a sequência prometida para 2017 se confirme e que o tom da maior parte deste primeiro filme predomine no segundo.

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CONTRA :: “Entretenimento vazio“, por Thomas Boeira
Mesmo contando basicamente a mesma história que vimos quando o Quarteto Fantástico (2005), uma grande bomba, deu as caras aproveitando a onda de adaptações de quadrinhos, este reboot até que é um filme interessante durante sua primeira metade. Nessa parte, é perceptível a calma do roteiro e do diretor Josh Trank em desenvolver as origens dos personagens, não ficando visível um desejo de fazer tudo rapidamente para partir logo à ação, esta que praticamente fica em segundo plano. No entanto, tudo isso desanda de vez quando o quarteto recebe seus poderes. É então que o roteiro prefere investir em uma subtrama pouco convincente envolvendo o governo, colocando os heróis diante de seu vilão clássico, o Dr. Destino (Toby Kebbell), que outra vez é uma figura nada ameaçadora. E se o filme já encontra problemas nesses aspectos, as coisas pioram quando se vê o tratamento distante dado à equipe, time que não chega a desenvolver uma dinâmica, desperdiçando assim o jovem e talentoso elenco. Pode até ser melhor do que os filmes anteriores dos heróis, algo não muito difícil, mas é um entretenimento vazio que não aproveita bem o material que tem em mãos.

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