Para a alegria dos fãs e ojeriza dos detratores, anualmente temos um novo filme de Woody Allen nas telonas. O homem é uma máquina pontual, mesmo. Não foram poucas as vezes que alguns “decretaram” a morte criativa desse artista que ajudou a definir o cinema norte-americano desde o fim dos anos 60, geralmente centralizando suas atenções em personagens céticos ou amargurados quanto aos rumos que a vida toma. Mas ele segue, firme, fazendo obras novas. Claro, boa parte do público se identifica sobremaneira com as produções cômicas de Allen, mas, mesmo nesses filmes em que o riso se faz constante, há uma camada subjacente de observações ferinas acerca da sociedade, dos relacionamentos amorosos, dos vícios e das virtudes da raça humana. Roda Gigante (2017) encerrou o Festival do Rio do ano passado e desde sua estreia comercial, no apagar das luzes de 2017, vem rendendo boas discussões. Algumas pessoas o têm adorado, outras odiado com semelhante força – lembrando que os meio termos, tão em falta hoje em dia, são muito bem-vindos, ok? Exatamente para debatermos abertamente os mérito e deméritos do mais recente longa-metragem de Woody Allen, chamamos ao Confronto os críticos Robledo Milani (defensor) e Matheus Bonez (atacante). E, você, fica ao lado de quem nesta peleja? Confira as argumentos clicando nas setas à direita.
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