O drama romântico Adeus, Primeiro Amor, escrito e dirigido por Mia Hansen-Love, é uma produção franco-alemã que acompanha Camille (Lola Créton), uma jovem de 15 anos apaixonada pelo namorado, Sullivan (Sebastian Urzendowsky). Ambos se gostam, mas são muito jovens e o rapaz quer conhecer o mundo. Ele parte para uma viagem de aproximadamente um ano pela América do Sul, enquanto ela permanece em Paris. A garota fica arrasada e sobrevive com as cartas que dele recebe.
O tempo passa, as cartas param de chegar e Camille entra para a faculdade de arquitetura. Uma nova fase começa para ela, que inclui não apenas os estudos, mas viagens com seu grupo de colegas, incluindo uma excursão para a famosa escola alemã Bauhaus. Até que um novo relacionamento se inicia com um professor e famoso arquiteto (Magne-Håvard Brekke).
Mas Sullivan retorna e a jovem se sente balançada entre o antigo e intempestivo amor ou o atual, mais maduro e rotineiro. A história mostra os altos e baixos de uma relação intensa e juvenil, que muitas vezes parece que será a única. Por sua vez, também mostra as dores da superação de uma decepção.
Este filme, que participou da competição oficial do Festival de Chicago (EUA), ganhou uma menção honrosa no Festival de Locarno (Itália). Entre seus pontos fortes está a fotografia, com belas imagens do Vale, onde os personagens passam períodos de férias. A convincente atuação da protagonista vivida pela jovem atriz Lola Créton mostra que ela é um talento a ser observado. Com 110 minutos, o filme às vezes se arrasta, o que por um lado mostra o tédio da adolescente, mas por outro pode se tornar um tanto cansativo ao espectador. Poderia apresentar um pouco mais de ritmo em uma edição mais ágil.
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