Quatro comédias e um musical disputam esta categoria. E entre as finalistas, temos uma vencedora do Oscar, uma veterana inglesa, uma estrela que também vem da terra da Rainha – e que há tempos sonha com um reconhecimento de peso como esse – e duas novatas que fizeram muito barulho em 2018 – uma junto à crítica, outra com o público – mas que, sem o apoio dos dois lados, fica difícil declarar vitória antes do tempo. Constance Wu é a protagonista de um dos maiores fenômenos de bilheteria do ano, e foi lembrada no Critics Choice e no Satellite, mas ficou de fora do Screen Actors Guild e de todas as premiações de críticos pelos Estados Unidos. Assim como Charlize Theron, excelente em Tully, mas como o filme foi lançado ainda no primeiro semestre do ano, já é motivo de comemoração o simples fato de terem se lembrado dela. E se Elsie Fisher ainda tem um longo caminho pela frente, a disputa parece ser mesmo entre as britânicas Emily Blunt e Olivia Colman. Qual das duas se sairá melhor? Confira nossas apostas!
Indicadas
- Emily Blunt, por O Retorno de Mary Poppins
- Olivia Colman, por A Favorita
- Elsie Fisher, por Oitava Série
- Charlize Theron, por Tully
- Constance Wu, por Podres de Ricos
FAVORITA
Emily Blunt, por O Retorno de Mary Poppins
Dos cinco filmes selecionados nesta categoria, a de Melhor Atriz em Filme de Cinema Comédia ou Musical, quatro concorrentes são comédias, e apenas um é um legítimo musical. Qual deles? Justamente O Retorno de Mary Poppins. Sequência tardia que chegou às telas mais de cinco décadas após o original, o projeto resultou em uma empreitada extremamente bem-sucedida, que já está com quase US$ 200 milhões arrecadados nas bilheterias de todo o mundo e recebeu 4 indicações ao Globo – concorre ainda a Melhor Filme, Ator e Trilha Sonora. Indicada ainda ao Screen Actors Guild Awards, ao Satellite e ao Critics Choice, Emily Blunt recria com perfeição os melhores momentos de Julie Andrews – que ganhou o Globo de Ouro e o Oscar por sua atuação em Mary Poppins (1964) – além de adicionar um toque todo seu à figura da babá que veio do céu para endireitar a vida da família Banks. É o tipo de performance tão mágica quanto à personagem que interpreta, que pode não agradar tanto aos críticos, mas costuma fazer a festa nas premiações mais genéricas. Exatamente como é o caso do Globo de Ouro.
AZARÃO
Olivia Colman, por A Favorita
Já dona de um Globo de Ouro – ganhou como Melhor Atriz Coadjuvante em Televisão pela minissérie The Night Manager (2016) – Olivia Colman é, provavelmente, a atriz mais premiada desta temporada. Por sua atuação como a rainha Ana da Inglaterra, ela ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Veneza, no British Independent Film Awards e nas premiações dos críticos de Atlanta, Dallas-Fort Worth, Kansas, Los Angeles, Southeastern, Toronto e Vancouver, enquanto que junto aos críticos de Utah e Chicago ela também foi premiada, mas como Coadjuvante! Além disso, está concorrendo ainda – e como principal – ao Critics Choice e ao Screen Actors Guild Awards. Ela só não é a favorita – apesar do título do filme – por estar enfrentando a concorrência de uma estrela mais popular, e que, ainda por cima, está no único musical dos cinco filmes concorrentes – uma combinação quase irresistível aos votantes do Globo de Ouro.
SEM CHANCES
Elsie Fisher, por Oitava Série
Premiada como revelação do ano pelos críticos de Atlanta, Chicago, Las Vegas, Los Angeles (online), Nova Iorque, North Texas, Seattle e Washington, Elsie Fisher ganhou o troféu principal, de Melhor Atriz, apenas junto aos críticos de Utah. No entanto, concorre ainda ao Critics Choice e ao Film Independent Spirit – premiações que, assim como o Globo de Ouro, não possuem a categoria de “revelação”. Sinal de que o desempenho da menina que até então era mais conhecida em Hollywood como a voz da pequena Agnes nos filmes da trilogia Meu Malvado Favorito deve ser, de fato, impressionante. Mas será que o suficiente para motivar uma votação em massa junto aos membros da HFPA, a entidade que anualmente entrega o Globo de Ouro? Dificilmente. Pelo jeito, é o caso em que o convite já é a vitória.
ESQUECIDA
Regina Hall, por Support the Girls
Eleito um dos melhores filmes de 2018 pelo ex-presidente norte-americano Barack Obama (aquele que a gente respeita), Support the Girls foi uma comédia independente que estreou no meio do ano e passou meio que fora do radar, mas agora tem sido redescoberta durante essa temporada de premiações – um tanto tardiamente, no entanto. Regina Hall, a protagonista, porém, foi eleita a melhor atriz do ano pelos críticos de Nova Iorque, de Vancouver e da Associação de Críticos Áfrico-Americanos. Além disso, está indicada ao Film Independent Spirit e ficou entre as finalistas nas premiações dos críticos de Chicago, São Francisco, Seattle e Toronto. Por tudo isso, sua atuação como a gerente de um bar esportivo no qual todas as garçonetes se vestem de maneira bastante ousada para seduzir os clientes tem sido motivo de muitos aplausos e comentários, um interesse que deveria ter lhe garantido uma vaga nessa seleção.
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