Duas destas indicadas – Amy Adams e Regina King – disputam, neste mesmo Globo de Ouro, também outra categoria: a de Melhor Atriz Coadjuvante em cinema. E se lá King é a favorita, aqui a situação é inversa: Adams já pode se considerar com ao menos uma das mãos na estatueta dourada. Entre as demais concorrentes, temos uma vencedora do Oscar – e do Globo de Ouro – que parece, enfim, ter mostrado ser capaz de diversificar seu talento, assim como uma estrela de televisão em um projeto pouco visto, mas muito comentado – e ainda inédito no Brasil. Por fim, surge Laura Dern, a representante do único telefilme dentre as cinco finalistas – todas as demais estão em minisséries, ou seja, com muito mais tempo em cena para mostrar o que de melhor sabem fazer. Ela merece? Com certeza – até porque tem sido indicada a quase tudo. Vai ganhar? Pouco provável. Infelizmente. Confira as nossas apostas.
Indicadas
- Amy Adams, por Sharp Objects
- Patricia Arquette, por Escape at Dannemora
- Connie Britton, por Dirty John
- Laura Dern, por O Conto
- Regina King, por Seven Seconds
FAVORITA
Amy Adams, por Sharp Objects
Ninguém ficará espantado na noite do dia 06 de janeiro se Amy Adams sair da festa com duas estatuetas nas mãos. Ela até pode não ser a escolha mais óbvia na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante em cinema, por seu trabalho em Vice, mas o que ela faz em Sharp Objects é aquele tipo de desempenho ideal especialmente para ser reconhecido durante a temporada de premiações. Completamente mergulhada no papel de uma jornalista que precisa voltar para a casa da mãe ao investigar uma série de assassinatos de adolescentes – e, com isso, reviver traumas familiares do passado – ela está excelente, contida na medida certa, sem deixar de lado grandes momentos de atuação estelar. Tanto é que está indicada também ao SAG e ao Critics Choice, com tudo para ser premiada nos três eventos. Quem viver, verá.
AZARÃO
Patricia Arquette, por Escape at Dannemora
Em sete episódios, a minissérie dirigida por Ben Stiller e estrelada também por Benicio Del Toro e Paul Dano teve em Patricia Arquette o seu grande ponto de destaque. Ainda que os três estejam indicados ao Critics Choice, somente ela conseguiu ser lembrada também no Screen Actors Guild. Como uma agente presidiária que acaba se envolvendo com dois encarcerados e sendo usada por eles em um intrincado plano de fuga, ela tem o seu melhor momento em cena desde Boyhood: Da Infância à Juventude (2014), trabalho que lhe rendeu o Oscar – e o Globo de Ouro. Será que Escape at Dannemora irá ter para ela o mesmo efeito? Talvez sim, talvez não. É o típico caso em que tudo pode acontecer, e como ela é uma atriz que já mostrou ter talento para tanto, não será surpresa se o ouro acabar nas suas mãos.
SEM CHANCES
Connie Britton, por Dirty John
Dirty John nem terminou de ser exibido – os três últimos episódios dessa primeira temporada de oito capítulos irão ao ar apenas em janeiro – e mesmo assim Connie Britton já surge como uma das finalistas por aqui. E não foi sua única lembrança – ela concorre também ao Critics Choice. Mas falhou em ser lembrada no Screen Actors Guild e no Satellite. Sem falar que o programa não foi incluído entre os melhores do ano em nenhuma lista – o que já prejudica as chances dos seus intérpretes. E esta é também a segunda indicação de Britton ao Globo – ela tem outras quatro ao Emmy, uma ao Critics Choice, duas ao Television Critics Associatin… e zero vitória. Ou seja, pelo que se percebe, ela é a típica intérprete volta e meia convidada para a festa, mas sempre como “dama de honra”, e nunca como “a noiva”. Quando menos esperamos, lá vem ela, mas nunca no centro das atenções. E tudo indica que em 2019 o mesmo se repetirá mais uma vez.
ESQUECIDA
Emma Stone, por Maniac
Indicada ao Screen Actors Guild Awards e ao Satellite, Emma Stone acabou de fora de todas as demais premiações desta temporada. O que foi uma pena, aliás. Reflexo, no entanto, do mal desempenho do programa, que estreou na Netflix no meio do ano com uma expectativa nas alturas, mas entregou muito pouco do que prometia em cena. Com uma trama confusa, repleta de idas e vindas que não se justificavam, e uma condução insegura de Cary Joji Fukunaga – aqui, mais próximo da segunda temporada de True Detective (2014-2015) do que da excelência que havia demonstrado no primeiro ano do mesmo show – Stone é, de fato, a única coisa digna de lembrança dessa empreitada. Ainda mais que está indicada, neste mesmo, na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante em cinema – ou seja, sinal de que sabem bem o que ela anda fazendo após ter ganhado o Oscar – e o Globo de Ouro – por La La Land: Cantando Estações (2016). Ok, Maniac não merece nenhuma atenção especial. Mas Emma Stone está acima disso.
:: Confira aqui tudo sobre o Globo de Ouro 2019 ::
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