George A. Romero (04/02/1940 – 16/07/2017)

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Yuri Correa

Se você é fã do subgênero dos zumbis, deve uma boa dose de gratidão a um cara: George A. Romero. Sim, os zumbis já existiam antes do diretor os reinventar em A Noite dos Mortos-Vivos (1968), mas eles eram pessoas hipnotizadas ou cadáveres ressuscitados para serem servos de algum feiticeiro. Os mortos-vivos enquanto seres pútridos e devoradores de carne surgiram nesse clássico, criando e cimentando a ideia dos zumbis que temos hoje, invadindo com suas hordas sanguinárias todo o tipo de seriados e filmes. Claro que um dos pais do cinema de horror moderno jamais teve seu nome reconhecido em uma premiação do calibre do Oscar, pois a Academia sempre se achou boa demais para esses gêneros do “povão”. Romero nem ligou, continuou investindo nos seus carniceiros esfomeados e acéfalos. Variando um pouco o conceito em O Exército do Extermínio (1973), ele voltou à ideia original em O Despertar dos Mortos (1978), que se tornou quase tão aclamado quanto a sua primeira empreitada no estilo. Inclusive, foi o remake deste filme, Madrugada dos Mortos (2004), de Zack Snyder, que ressuscitou o subgênero depois de uma fase de esquecimento nos anos 1990. Antes disso, porém, Romero ainda deu continuidade à sua série de filmes sobre o apocalipse zumbi em Dia dos Mortos (1985), que seus fãs dizem que pontua perfeitamente uma trilogia. Não que George tenha deixado por aí, e depois que Snyder colocou os zumbis na moda outra vez, ele retomou o universo dos mortos-vivos em Terra dos Mortos (2005), Diário dos Mortos (2007) e Ilha dos Mortos (2009) – ainda que esta sua segunda trilogia não seja tão bem vista ou relembrada como a primeira. O certo é que Romero se despede deixando um legado inegável para a cultura popular, apesar de sempre ter dito que não gostava muito dos rumos que a indústria tinha dado à sua criação. Ele era pai de dois filhos e faleceu no dia 16 de julho de 2017, aos 77 anos.

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é formado em Produção Audiovisual pela PUCRS, é crítico e comentarista de cinema - e eventualmente escritor, no blog “Classe de Cinema” (classedecinema.blogspot.com.br). Fascinado por História e consumidor voraz de literatura (incluindo HQ’s!), jornalismo, filmes, seriados e arte em geral.

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