20171223 tob hooper papo de cinema

A crítica considerava este norte-americano, falecido em agosto, um diretor errante, já que sua filmografia intercalava trabalhos criativos e obras genéricas. Mesmo com altos e baixos na carreira, é impossível negar a importância de Hooper não apenas ao cinema de gênero, mas à existência de toda uma lista de filmes que vieram na sequência de seu maior sucesso, o maravilhoso O Massacre da Serra Elétrica. Lançada em 1974 e condenado a várias sequências e remakes, a produção tornou-se referência para nove em cada dez filmes de horror focados na figura do serial killer. Mas o diretor também passeou pela ficção científica em Força Sinistra (1985) e Invasores de Marte, ambos realizados pela produtora Cannon, conhecida por filmes baratos e de gosto duvidoso, mas que fizeram a diversão de toda uma geração. E como esquecer que é a batuta de Hooper que está por trás de Poltergeist: O Fenômeno (1982)? Se as más línguas garantem que Steven Spielberg teve a última palavra, não se pode negar que o estilo de filmagem de Hooper é perceptível na maioria das cenas do longa. Depois da partida de Wes Craven, em 2016, o ano que está perto do fim levou mais um revolucionário do horror, deixando o gênero mais pobre e os fãs temerosos pelo futuro dos medo na sala escura.

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é jornalista e especialista em cinema formada pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Com diversas publicações, participou da obra Uma história a cada filme (UFSM, vol. 4). Na academia, seu foco é o cinema oriental, com ênfase na obra do cineasta Akira Kurosawa, e o cinema independente americano, analisando as questões fílmicas e antropológicas que envolveram a parceria entre o diretor John Cassavetes e sua esposa, a atriz Gena Rowlands.
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