20191230 agnes varda papo de cinema

A cineasta belga Agnès Varda, considerada uma das pioneiras da nouvelle vague francesa, morreu em decorrência de um câncer. O início de sua carreira, no entanto, precede a chamada “nova onda”. La Pointe Courte (1955), seu primeiro longa-metragem, realizado quando tinha apenas 25 anos, já contém elementos de vanguarda. Agnès Varda nasceu no dia 30 de maio de 1928, em Bruxelas, na Bélgica. Fruto da união entre um grego e uma francesa, se mudou para o sul da França durante a Segunda Guerra Mundial. Desde pequena nutriu um interesse constante pelas artes, tendo inclinação particular à literatura e à fotografia. O cinema apareceu apenas depois. Aliás, a devoção pela fotografia foi um componente presente em boa parte de seus filmes. Cléo das 5 às 7 (1962) foi indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes. Casada durante muitos anos com o colega Jacques Demy, ficou com ele até sua morte, em 1990. Outros filmes importantes são Os Catadores e Eu (2000) e As Praias de Agnès (2008). Com Visages Villages (2017), codirigido pelo fotógrafo JR, recebeu a sua primeira indicação ao Oscar, se tornando a pessoa mais velha a competir por uma estatueta dourada. No mesmo ano, recebeu um Oscar honorário pelo conjunto da obra. Ela também foi agraciada, em 2015, com a Palma de Ouro honorária do Festival de Cannes. Seu último longa-metragem, Varda por Agnès (2019), foi exibido no Festival de Berlim. Ao apresentá-lo, mencionou que se preparava para dizer adeus.

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