Franco Zeffirelli (1923-2019)

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O cineasta italiano Franco Zeffirelli morreu aos 96 anos, em sua residência na cidade do Roma, na Itália. De acordo com a família, o motivo foi “o agravamento, nos últimos meses, de uma longa doença”, sem a especificação da moléstia. Nascido Gianfranco Corsi Zeffirelli, estudou na Academia de Belas Artes de Florença, de onde foi para a universidade cursar Artes e Arquitetura. Os estudos foram interrompidos pela Segunda Guerra Mundial. Após o conflito, foi apresentado ao cineasta conterrâneo Luchino Visconti, que o contratou como assistente de A Terra Treme (1948). Os dois tiveram um tumultuado relacionamento amoroso e profissional, vivendo três anos juntos e colaborando por décadas. Zeffirelli também colaborou com Vittorio De Sica, Roberto Rossellini e até Salvador Dali. Estreou como diretor em 1958 com a comédia Camping. Já nos anos 60, chamou a atenção do mundo com uma montagem nos palcos de Romeu e Julieta. Por esse trabalho ganhou o Tony (o Oscar do teatro) especial de cenografia. Zeffirelli manteve a proposta para a versão cinematográfica, que chegou às telas em 1968. Premiado com os Oscars de fotografia e figurino, foi ainda indicado a Melhor Filme e Direção. Na ocasião, Zeffirelli foi acusado de assédio sexual por Bruce Robinson, intérprete de Benvolio no longa. Mais tarde, o italiano enfrentou outras acusações da mesma natureza, mas sempre negou sua culpa. Outros filmes de destaque na sua filmografia são Irmão Sol, Irmã Lua (1972), o dramalhão O Campeão (1979) – por muitos considerado um dos mais tristes do cinema – e  Amor Sem Fim (1981). Seu último filme foi uma biografia sobre os anos derradeiros da diva (e amiga) Maria Callas, intitulado Callas Forever (2002).

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