O filme Fúria de Titãs 2, dirigido por Jonathan Liebesman, é a sequência ao filme original de 2010. Esta aventura inspirada na mitologia grega se passa uma década após o semideus Perseu (Sam Worthington) derrotar o monstro Kraken e receber a consagração como guerreiro em toda a Grécia. Agora, ele leva a vida como um simples pescador no litoral e tem como objetivo cuidar do filho de 10 anos, Hélio (John Bell), cuja mãe morreu.
Mesmo não querendo se envolver mais com as questões do Olimpo, Perseu é chamado por seu pai, Zeus (Liam Neeson), para ajudar os deuses frente a uma nova ameaça. Numa artimanha, Hades, deus dos mortos (Ralph Fiennes) e Ares, deus da guerra (Edgar Ramírez), pretendem fortalecer e soltar Cronos, que é pai de Hades, Zeus e Poseidon. Cronos, aprisionado no monte Tártaro, ganha a forma de um monstro colossal. Seus demônios já começam a ser libertados e causam terror na população. Ao mesmo tempo, as pessoas estão perdendo a fé e não rezam mais, o que, conforme o roteiro, “enfraquece os deuses”.
Perseu terá de salvar não apenas Zeus como a humanidade da fúria dos titãs que estão por vir. O herói, ao lado do seu cavalo alado Pégaso, recebe a ajuda da rainha Andrômeda (agora vivida pela atriz Rosamund Pike e que no primeiro filme foi encarnada por Alexa Davalos) e outros guerreiros.
Tanto o primeiro filme quanto este procuram agradar ao público que gosta de épicos e fantasias. Mas peca em apresentar um filme em que a ação, de tão incessante, se torna cansativa. E alguns efeitos especiais deixam a desejar, como as figuras dos ciclopes, muito artificiais. Um pouco mais de romance durante a história não faria mal para agradar à plateia feminina e poderia dar uma pausa nas batalhas que se sucedem a cada minuto. Que venham os épicos, mas com um pouco mais de filosofia e um pouco menos de testosterona.