No começo do ano, o novo filme do diretor Joe Wright (Anna Karenina, 2012) estava previsto para estrear em junho. No entanto, a data de lançamento de Peter Pan foi adiada para outubro em todos os territórios. Na maioria das vezes, quando isso acontece em escala internacional, é por que o resultado não ficou bom e os produtores querem tentar salvar o longa na ilha de edição e na ostensiva campanha de marketing.
Cerca de vinte minutos do filme foram exibidos para a imprensa brasileira recentemente e há motivos para se tranquilizar e outros tantos para se preocupar acerca da qualidade desta nova versão de Peter Pan. O lado bom é que as cenas de ação bem coreografadas e a competência de Wright no comando da câmera garantem dinamismo. Essas sequências aumentam a ânsia de quem quer ver o cineasta em um musical.
Mas nem tudo são flores na Terra do Nunca. O filme conta a origem do personagem-título e quando ele encontra o vilão Barba Negra (Hugh Jackman) pela primeira vez, ouvimos um coro que entoa o refrão de “Smells Like Teen Spirit”, canção do Nirvana. A semelhança com Moulin Rouge: Amor em Vermelho (2001) chega às raias do plágio.
A assinatura visual emula o efeito de O Mágico de Oz (1939): quando vemos a Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, Peter Pan apresenta uma paleta cinzenta, mas no mundo mágico vemos uma explosão de cores. Isso concede um visual marcante, mas um tanto carnavalesco. Some isso ao figurino exuberante da Princesa Tigrinha (Rooney Mara) e temos um desfile da Unidos da Terra do Nunca.
Toda essa cautela pode funcionar de forma positiva para a recepção do longa. Quando se entra na sala de projeção com expectativas baixas, o filme não precisa ser excepcional para surpreender e agradar.
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