INDICADOS:
- Bradley Cooper, por O Lado Bom da Vida
- Daniel Day-Lewis, por Lincoln
- Denzel Washington, por O Voo
- Hugh Jackman, por Os Miseráveis
- Joaquin Phoenix, por O Mestre
Até hoje, nenhum ator recebeu três estatuetas de Melhor Ator no Oscar. Esta escrita, no entanto, tem tudo para acabar em 2013, com Daniel Day-Lewis recebendo o prêmio e o colocando ao lado de suas duas vitórias anteriores, Meu Pé Esquerdo, em 1989, e Sangue Negro, em 2007. Ainda que tenha ótimos atores concorrentes, a categoria Melhor Ator é uma das barbadas do ano no Oscar, com Lewis tendo vencido quase todos os prêmios pelos quais concorreu por sua interpretação magnífica do ex-presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln. Isso deixa pouco espaço para a surpreendente performance de Bradley Cooper em O Lado Bom da Vida, um ator que prova ter sido mal aproveitado nos papeis que tem recebido. Ou Hugh Jackman, que leva o espectador às lágrimas pela sua sofrida existência em Os Miseráveis – com o detalhe que precisa transmitir toda esta dor cantando. Também deixa fora da disputa o sempre competente Denzel Washington, talvez um peixe fora d’água nesta categoria visto que, ainda que tenha uma ótima performance, notadamente tirou o lugar de John Hawkes no estupendo As Sessões. E, por último, mas não menos importante, Joaquin Phoenix, que se transforma em um sujeito sem rumo, modificando sua forma de caminhar, de andar e de se portar no menosprezado O Mestre. O fato é que o ator deu declarações pouco abonadoras sobre o Oscar, o que se não o deixou de fora da lista final, certamente o deixa completamente fora da disputa pela estatueta. Assim como Day-Lewis, Washington também já venceu duas vezes o prêmio (porém uma como Ator Coadjuvante, por Tempo de Glória, 1989, enquanto que a outra foi de Ator Principal, por Dia de Treinamento, 2001). Dos demais indicados deste ano, apenas Joaquin Phoenix também chegou perto outras vezes – mas sem vitórias: como coadjuvante em Gladiador (2000) e como ator principal em Johnny & June (2005).
Favorito: Daniel Day-Lewis já deve ter seu discurso de aceitação preparado. Seria uma das maiores surpresas dos últimos anos no Oscar caso o ator britânico não levasse para casa o prêmio. Merecido.
Torcida: Ainda que Day-Lewis esteja fantástico como Abraham Lincoln, não dá para não torcer por Hugh Jackman em sua performance magnífica como Jean Valjean em Os Miseráveis. Como dito anteriormente, o eterno Wolverine tem o desafio de passar toda a tragédia e ruína pela qual o personagem passa cantando. Numa entrega fabulosa, vemos o ator careca, magro e de barba longa, no início do filme, e acompanhamos seu crescimento até o final, emocionante, como toda a história.
Azarão: Os maiores predicados de O Mestre são os três atores centrais, dirigidos por um sempre inspirado Paul Thomas Anderson. Joaquin Phoenix surpreende pela expressão corporal que busca para dar vida ao perdido Freddie Quell e só não é um forte postulante ao prêmio pela presença de Daniel Day-Lewis na disputa e por ter dispensado sem cerimônias a importância do Oscar.
Esquecido: John Hawkes já havia chamado a atenção e ganhado uma indicação pelo ótimo Inverno da Alma (2010). No entanto, aquela performance fica eclipsada comparada à superlativa entrega do ator em As Sessões (2012). Com senso de humor torto e sensibilidade à flor da pele, Hawkes cativa como o escritor Mark O’Brien, um homem que, devido a poliomielite, só tem os movimentos da cabeça e sonha ter uma relação sexual com uma mulher. O filme, como um todo, é de uma sensibilidade incrível, merecendo outras indicações (como a merecida lembrança de Helen Hunt como Atriz Coadjuvante) e poderia muito bem ter emplacado o nome de John Hawkes dentre os cinco indicados.
As análises dos indicados nas demais categorias você confere no Especial Oscar 2013!
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