INDICADOS:
- Sarah Greenwood e Katie Spencer, por Anna Karenina
- Dan Hennah, Ra Vincent e Simon Bright, por O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
- Eve Stewart e Anna Lynch-Robinson, por Os Miseráveis
- David Gropman e Anna Pinnock, por As Aventuras de Pi
- Rick Carter e Jim Erickson, por Lincoln
Os cinco indicados concorreram também ao prêmio do sindicato dos diretores de arte, o Art Directors Guild, o que já indica a excelência de todos os selecionados. No entanto, apenas dois foram premiados – Anna Karenina, como filme de época, e As Aventuras de Pi, como longa de fantasia – o que já pode servir como favoritismo. Se o primeiro é extremamente competente em suas realizações, é o segundo que provoca maior deslumbramento e espanto, visto quão diferenciada é a sua proposta. Passado quase que inteiramente em alto mar, não seria uma escolha óbvia – e talvez por isso mesmo possa surpreender, ao menos se conseguir convencer os votantes mais idosos da Academia. Mas a nova adaptação do clássico de Tolstói é o filme mais reconhecido neste quesito em premiações prévias, e sua consagração é dada como certa. No entanto, não se pode ignorar o belo trabalho visto no musical Os Miseráveis, que conquistou o BAFTA, ou o trabalho de Dan Hennah em O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, que ganhou o Oscar por sua última visita à Terra Média em O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003).
Favorito: Anna Karenina, além do prêmio do Art Directors Guild, ganhou também o Critics Choice Award, o Hollywood Film Festival e o prêmio dos críticos da Florida, além de ter sido lembrado pelos críticos de Phoenix, San Diego e Washington como um dos melhores do ano. Esta é a quarta indicação de Sarah Greenwood e de Katie Spencer – ambas trabalham sempre juntas. Após concorrerem por Orgulho & Preconceito (2005), Desejo e Reparação (2007) e por Sherlock Holmes (2009), tudo indica que tenha chega a vez delas.
Torcida: As Aventuras de Pi é a grande surpresa nesta categoria – afinal, a grande maioria da sua direção de arte é digital, composta por efeitos visuais belíssimos, mas que talvez sejam muito avançados e diferenciados para que as antigas tradições da Academia reconheçam este esforço com uma estatueta. Esta é a segunda indicação de David Gropman, que concorreu antes por Regras da Vida (1999), enquanto que Anna Pinnock já havia sido indicada antes por A Bússola de Ouro (2007) e por Assassinato em Gosford Park (2001), mas ambos permanecem sem vitórias. Gropman, no entanto, foi premiado no Art Directors Guild como filme fantástico – superando seu concorrente também aqui O Hobbit: Uma Jornada Inesperada – o que pode contar a seu favor. Ambos foram indicados também ao BAFTA e ao Critics Choice Awards, mas sem resultados positivos. Infelizmente.
Azarão: Lincoln, mesmo sendo o campeão de indicações deste ano, é provavelmente o com menos chances nesta categoria. Indicado ao Art Directors Guild, ao Critics Choice Award e ao BAFTA, ganhou apenas o Satellite Award, que tem um peso muito baixo. Seus cenários escuros e a fotografia sombria, se colaboraram no contar da narrativa, prejudicaram um eventual deslumbramento na reconstituição de época proposta. Esta é a quarta indicação de Rick Carter, que ganhou por Avatar (2009), enquanto que Jim Erickson havia concorrido antes apenas por Sangue Negro (2007), sem vitória.
Esquecido: 007 – Operação Skyfall, num impressionante trabalho de Dennis Gassner (premiado por Bugsy, 1991), foi agraciado com o Art Directors Guild Award como melhor filme contemporâneo, mas assim como seus demais concorrentes nesta categoria na premiação do sindicato – O Voo, O Exótico Hotel Marigold, O Impossível e A Hora Mais Escura – ficou de fora dentre os finalistas do Oscar. Uma pena.
As análises dos indicados nas demais categorias você confere no Especial Oscar 2013!
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