INDICADOS:
- John T. Reitz, Gregg Rudloff e José Antonio Garcia, por Argo
- Andy Nelson, Mark Paterson e Simon Hayers, por Os Miseráveis
- Ron Bartlett, Doug Hemphill e Drew Kunin, por As Aventuras de Pi
- Andy Nelson, Gary Rydstrom e Ron Judkins, por Lincoln
- Scott Millan, Greg P. Russell e Stuart Wilson, por 007 – Operação Skyfall
O principal referencial nesta categoria é a premiação prévia da Cinema Audio Society, que reconhece exatamente os melhores em Som. Mas o que, de fato, está sendo avaliado? O foco aqui é a melhor mixagem, ou seja, a gravação do som que ouvimos durante o longa que apresenta a mais alta qualidade. Em geral é atribuído aos mixers de som de produção. É quando os sons não são exagerados ou colocados fora de lugar, quando o som de um passo não é exibido antes – ou depois – do próprio passo, por exemplo. Esta categoria existe desde 1930 – coincidindo com o surgimento do cinema falado.
Dos cinco indicados deste ano, apenas três foram lembrados pela Cinema Audio Society, o que praticamente elimina os demais concorrentes – no caso, Argo e As Aventuras de Pi. Como o vencedor foi Os Miseráveis, ele desponta também como favorito aqui. Com certeza, por se tratar de um musical que foi inteiramente gravado em locação e com extrema perfeição, transmitindo aos espectadores toda a emoção da trama com imensa fidelidade, sua derrota seria, no mínimo, questionável.
Favorito: Os Miseráveis
Premiado como Melhor Som do ano pelo Cinema Audio Society, o musical Os Miseráveis apresenta também uma das equipes mais gabaritadas do ano. Andy Nelson concorre também por Lincoln, e com estas duas soma 18 indicações – ganhou em 1999, por O Resgate do Soldado Ryan. Neste ano ganhou também o BAFTA e o Satellite Awards.
Torcida: 007 – Operação Skyfall
A última aventura do agente secreto James Bond foi indicada à várias premiações prévias, mas falhou nas mais importantes – com destaque no BAFTA, onde ganhou praticamente tudo, menos nesta categoria. Uma injustiça, pois o trabalho apresentado é espetacular e literalmente nos coloca dentro das peripécias incríveis realizadas por 007. É, ao lado de As Aventuras de Pi, o filme mais fantástico dentre os indicados, terreno fértil para muitas experimentações e feitos admiráveis. Se não fosse por Os Miseráveis, seria inevitavelmente o favorito.
Azarão: Argo
Tudo bem que Argo é o filme do ano e tal, mas o que ele está fazendo nesta categoria, ainda mais que outros fortes postulantes ao prêmio principal, como A Hora Mais Escura, acabaram de fora? Tal reconhecimento só pode ser justificado pela força do seu time técnico, representado pelo ganhadores do Oscar Reitz, por Matrix (1999), e Rudloff, por Tempo de Glória (1989) e também por Matrix (1999). Garcia, no entanto, está em sua primeira indicação.
Esquecido: Valente
A premiação da Cinema Audio Society é dividida em duas categorias: Live Action e Animação. O Oscar não faz essa diferenciação, mas volta e meia longas animados são lembrados por aqui também – o que não aconteceu neste ano. Valente, da Disney com a Pixar, foi o vencedor do CAS em 2013, mas não terá chances de conquistar esse reconhecimento junto aos membros da Academia. Infelizmente.
As análises dos indicados nas demais categorias você confere no Especial Oscar 2013!
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