INDICADOS:
- Ernest & Celestine, produzido por Benjamin Renner e Didier Brunner
- Frozen: Uma Aventura Congelante, produzido por Chris Buck, Jennifer Lee e Peter Del Vecho
- Meu Malvado Favorito 2, produzido por Chris Renaud, Pierre Coffin e Chris Meledandri
- Os Croods, produzido por Chris Sanders, Kirk DeMicco e Kristine Belson
- Vidas ao Vento, produzido por Hayao Miyazaki e Toshio Suzuki
Este ano é da Disney. Não há erro. Frozen: Uma Aventura Congelante (2013) já levou o Globo de Ouro, o BAFTA, o prêmio do Sindicato dos Editores, cinco das dez estatuetas aos quais concorria no Annie Awards (o Oscar da animação), incluindo melhor filme, além de outros 15 prêmios da crítica, sem contar outras duas indicações. Seu principal concorrente, o oriental Vidas ao Vento (2013), ganhou 14 prêmios da crítica e em festivais, sendo o mais importante o National Board of Review. Ainda assim, parece difícil o último filme de Hayao Miyazaki vencer a disputa, ainda mais que o animador já arrebatou o Oscar por A Viagem de Chihiro (2001) há onze anos. Outros dois concorrentes americanos correm por fora: Meu Malvado Favorito 2 e Os Croods parecem ter entrado na disputa por, primeiro, falta de bons candidatos (2013 foi um ano relativamente fraco no gênero); segundo, para fechar uma lista com cinco candidatos; e, terceiro, talvez, por a Academia ter esquecido da primeira aventura co-estrelada pelos mínions em 2010 e, agora, “ressarcir” o erro, assim digamos, indicando sua sequência. No geral, nenhum dos dois levou prêmios de extrema relevância que possam alterar o placar. O franco-belga Ernest e Celestine (2012) foi a grande surpresa da vez e tem a seu a favor a menção honrosa em Cannes, a escolha do público no Festival de Dubai e o prêmio do César (o Oscar francês). Porém, está muito mais para o candidato intelectualizado e estranho no ninho.
Favorito: Precisa realmente repetir? Frozen é um dos filmes mais bonitos da Disney nos últimos anos. Quando lançado, chegou a ser comparado a O Rei Leão (1994). Exagero ou não, o fato é que a produção mostra o quanto a Disney amadureceu na sua parceria com a Pixar, algo que já vinha sendo construído desde o divertidíssimo Enrolados (2010), passando pela nostalgia dos games de Detona Ralph (2012) até atingir o ápice com esta animação baseada no conto de Hans Christian Andersen, um resgate das trajetória das princesas do estúdio. Além disso, a trama incutiu uma complexidade que há muito não era vista nas animações Disney e, ainda, conseguiu fazê-lo adaptando para o pensamento dos dias atuais, onde a inocência é escanteada frente ao cinismo, mas sem deixar a doçura longe das crianças.
Torcida: E aqui vai Frozen de novo! Além de todos os motivos já citados, vale lembrar: a Disney NUNCA ganhou o prêmio de Longa de Animação desde que a categoria foi criada em 2002. Unindo todos os prêmios já ganhos, a qualidade inquestionável do longa e este “mea culpa” da Academia, Anna, Elsa, Olaf, Kristoff e todos os personagens bem construídos desta história podem ficar felizes e saltitantes: o prêmio vai para eles. Com muitos aplausos da minha parte. Quanto ao resto, só resta dizer: let it go, let it go…
Azarão: Na verdade, tirando Vidas ao Vento, o único adversário à altura de Frozen, qualquer um dos outros dos três indicados poderia se encaixar aqui. Mas Ernest e Celestine é um caso especial. Além de ser europeu e mal ter estreado em terras norte-americanas, o filme baseado na série de livros infantis de Gabrielle Vincent é pintado à mão, um resgate das tradicionais técnicas de animação pré-CGI, 3D e afins. É o candidato “chique e nostálgico” deste ano. Se levar, vai ser merecido, mas é difícil. Fica mais como homenagem mesmo.
Esquecido: E não é que a Pixar ficou de fora este ano? Universidade Monstros (2013), apesar de, realmente, não ser a melhor animação do estúdio (pelo contrário, é fraca), ao menos resgata os adoráveis personagens de Monstros S.A. (2001) que, por sinal, já haviam perdido na categoria para Shrek (2001) quando esta foi criada em 2002. Azar dos personagens? Talvez. Ainda assim, o roteiro sem sal pode ter influenciado na escolha, mas o mesmo não poderia ser dito de Meu Malvado Favorito 2 e Os Croods? Enfim, vá entender como os membros da Academia pensam? Apenas que este fato assina o atestado de que o ano passado foi bem aquém das expectativas no que tange ao gênero. Algo que, espero, em 2014 não aconteça de novo.
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