INDICADOS
- Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson, por Esquadrão Suicida
- Eva von Bahr e Love Larson, por Um Homem Chamado Ove
- Joel Harlow e Richard Alonzo, por Star Trek: Sem Fronteiras
Aqui é uma tradição listar três concorrentes. Nos anos 80, quando instituída a categoria, disputavam apenas dois. Nos 2000 chegou-se a quatro, até que o padrão atual se estabeleceu. Antes de 1983 os maquiadores recebiam láureas ocasionais da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. As reclamações referentes ao não reconhecimento à maquiagem de O Homem Elefante (1981), de David Lynch, resultaram na criação da estatueta.
Em 2017 houve quem se surpreendesse com a nominação do sueco Um Homem Chamado Ove (2016), mas seus profissionais de maquiagem e cabelo, Love Larson e Eva Von Bahr, concorreram em 2016 por O Centenário que Fugiu Pela Janela e Desapareceu (2015). Já dos responsáveis pelo trabalho em Star Trek: Sem Fronteiras (2016), é a primeira indicação de Richard Alonzo, mas a terceira de Joe Harlow, que venceu por Star Trek (2009). Somente a turma de Esquadrão Suicida (2016) é formada totalmente por estreantes no Oscar.
O Make-Up Artist and Hair Stylist Guild Awards (premiação do sindicato dos maquiadores), realizado no último domingo, 19, embolou ainda mais as previsões, pois a associação divide penteados e maquiagem, promovendo, ainda, subdivisões por tipo de longa-metragem. Por exemplo, Animais Noturnos (2016), que venceu como Melhor Maquiagem em Filme Contemporâneo, sequer foi indicado ao Oscar. Bom, vamos aos nossos prognósticos.
FAVORITOS/TORCIDA: Joel Harlow e Richard Alonzo, por Star Trek: Sem Fronteiras
No Make-Up Artist and Hair Stylist Guild Awards, a dupla venceu no quesito Melhores Efeitos Especiais em Maquiagem. Então, já dá para ter uma ideia que existe um favoritismo aqui. O longa-metragem do diretor Justin Lin, que dá sequência à reinvenção cinematográfica da franquia então ressuscitada por J. J. Abrams, não é exatamente um grande filme, se contentando em nos oferecer uma boa trama de aventura. Contudo, no que tange à maquiagem e aos cabelos, certamente temos valores em destaque, vide, num espectro mais evidente, a concepção visual da personagem Jaylah (Sofia Boutella), prova de que os bons e velhos recursos práticos do cinema são mais eficientes, neste sentido, que a computação gráfica (lembram do Jar Jar Binks de Star Wars?). Embora não haja garantia de vitória, Joel Harlow e Richard Alonzo devem levar esta.
AZARÕES: Alessandro Bertolazzi, Giorgio Gregorini e Christopher Nelson, por Esquadrão Suicida
A espera fomentada por trailers engenhosos e marketing agressivo não foi recompensada. Este filme que coloca no campo de batalha alguns vilões da DC Comics numa formação para salvar o mundo, a despeito da arrecadação quase bilionária, teve uma recepção longe de positiva. Mas, verdade seja dita, embora nos quesitos, digamos, artísticos a coisa não tenha funcionado como se imaginava, no que tange à técnica foi quase tudo muito bem, obrigado – fora a Magia (Cara Delevingne) meio gente, meio CGI tosco (menos um ponto para a computação gráfica). Sobretudo a maquiagem impressiona, tornando crível aquele universo estranho. Não à toa, no Make-Up Artist and Hair Stylist Guild Awards o trio responsável pela tabelinha maquiagem/cabelo levou para casa o prêmio de Melhor Maquiagem em Filme de Época ou Fantasia. Pode surpreender no Oscar.
ESQUECIDO: Jean Ann Black e Cydney Cornell, por Ave, César!
Neste ano, a sina da categoria é ser marcada por filmes cujos conjuntos não são necessariamente bons. E isso se aplica até mesmo àquele que apontamos como o esquecido da vez. O longa-metragem de Joel e Ethan Coen é outro que chegou cercado de expectativas, afinal se volta à Hollywood de outrora com um olhar satírico e debochado. Não foi desta vez, porém, que os Coen emplacaram outro êxito, mas, no que concerne às maquiagens e cabelos existe um trabalho de qualidade visível. No Make-Up Artist and Hair Stylist Guild Awards, a dupla Jean Ann Black e Cydney Cornell venceu como Melhor Penteado em Filme de Época ou Fantasia. Mesmo que tenhamos um número reduzido de concorrentes ao Oscar na categoria em questão, o longa dos Coen certamente faria bonito entre os finalistas, sem desmerecer algum dos felizardos.
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