INDICADOS
- Dev Patel, por Lion: Uma Jornada para Casa
- Jeff Bridges, por A Qualquer Custo
- Lucas Hedges, por Manchester à Beira-Mar
- Mahershala Ali, por Moonlight: Sob a Luz do Luar
- Michael Shannon, por Animais Noturnos
Fique tranquilo. Dificilmente esta categoria vai ter alguma influência negativa no seu bolão. Como em tantos outros anos, o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante está relativamente fácil de prever, pois praticamente nas mãos de um intérprete que vem arrebatando glórias e outras estatuetas pelas premiações em que passa. E foram mais de 40. Estamos falando de Mahershala Ali, que concorre por Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016), recentemente laureado num dos principais termômetros do Oscar: o Screen Actors Guild Award. Ele pode não ter vencido o Globo de Ouro, mas o premiado, Aaron Taylor-Johnson, de Animais Noturnos (2016), sequer foi indicado aqui. Ainda que as apostas sejam seguras nesta categoria, quem diria em 2016 que Mark Rylance venceria por Ponte de Espiões (2015) no lugar do favorito Sylvester Stallone, de Creed: Nascido Para Lutar (2015)? No Oscar, tudo pode acontecer.
Além de Ali, o novato Lucas Hedges, descoberta de Wes Anderson em Moonrise Kingdom (2012), ganhou destaque por sua performance tocante em Manchester à Beira-Mar (2016), num tipo de composição imersiva e magnética que também evidenciou Dev Patel este ano por Lion: Uma Jornada Para Casa (2016). Ao lado dos dois jovens temos o veterano Jeff Bridges, que desde o Festival de Cannes vem recebendo louvores pelo seu personagem em A Qualquer Custo (2016). Por fim, temos reconhecida a atuação de Michael Shannon em Animais Noturnos, que justificadamente roubou a vaga até então esperada para Taylor-Johnson. Sem mais delongas, vamos às nossas apostas:
FAVORITO/TORCIDA: Mahershala Ali, por Moonlight: Sob a Luz do Luar
Vamos e convenhamos, tantos prêmios e consagrações depois, Ali já pode ir para a cerimônia da Academia com o discurso na ponta da língua. E que seja tão simbólico como sua fala na celebração do SAG Awards, quando emotivamente se identificou como muçulmano ultrajado pelas atuais políticas norte-americanas contra imigrantes e refugiados – algo que o fez ser aplaudido de pé. Sua composição no drama de Barry Jenkins é excepcional e, mesmo com pouco tempo de tela, suas sequências são brilhantes – especialmente aquela em que ensina Little a nadar.
AZARÃO: Michael Shannon, por Animais Noturnos
É uma aposta arriscada, mas se tem alguém que poderia tirar o prêmio das mãos de Ali, este alguém é justamente Michael Shannon. O ator, que já concorreu na mesma categoria por Foi Apenas um Sonho (2008), receberia um daqueles Oscar pelo desempenho em não apenas um filme, mas pelo conjunto de atuações poderosas que entregou no último ano, com Destino Especial (2016), Elvis e Nixon (2016) e Loving (2016) somando-se ao longa de Tom Ford nesta galeria. Não tivesse um Oscar fresquinho em mãos, por sua performance em Coração Louco (2010), Jeff Bridges seria a aposta mais certeira para ocupar a vaga de azarão.
ESQUECIDOS: Hugh Grant, por Florence: Quem é Essa Mulher?, e Ben Foster, por A Qualquer Custo
Por motivos bastante distintos, tanto Hugh Grant quanto Ben Foster eram apostas certas para figurar nesta categoria, respectivamente, por Florence: Quem é Essa Mulher? (2016) e A Qualquer Custo (2016). Depois de flertar com a síndrome Nicolas Cage (que acomete atores com uma série de papeis pífios em produções ridículas), Grant retomou seu talento dramático e conseguiu a proeza de roubar a cena (e não apenas uma) da magistral Meryl Streep. Foster, por sua vez, nunca foi reconhecido pela Academia com uma indicação ao Oscar, mesmo tendo no currículo grandes interpretações, como em O Mensageiro (2009) e no recente O Programa (2015). Não foi dessa vez, rapazes!
Últimos artigos deConrado Heoli (Ver Tudo)
- Leste Oeste - 8 de junho de 2019
- Cromossomo 21 - 24 de novembro de 2017
- The Wounded Angel - 12 de março de 2017
Deixe um comentário