INDICADOS
- Audition (The Fools Who Dream), de Justin Hurwitz, Benj Pasek e Justin Paul, por La La Land: Cantando Estações
- Can’t Stop The Feeling, de Justin Timberlake, Max Martin e Karl Johan Schuster, por Trolls
- City of Stars, de Justin Hurwitz, Benj Pasek e Justin Paul, por La La Land: Cantando Estações
- The Empty Chair, de J. Ralph e Sting, por Jim: The James Foley Story
- How Far I’ll Go, de Lin-Manuel Miranda, por Moana: Um Mar de Aventuras
Nesta categoria do Oscar de 2017 temos, praticamente, uma disputa de debutantes. De todos os concorrentes, apenas J. Ralph e Sting já haviam sido lembrados – aliás, esta é terceira indicação de Ralph e a quarta de Sting. Os demais nunca tinham concorrido ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fato relacionado a um movimento de renovação que se insinua em Hollywood, vide o número substancial de calouros (ou quase) na briga pelas demais estatuetas. Com La La Land: Cantando Estações (2016) se impondo, talvez, como bicho-papão do Oscar, sendo ele um musical por excelência, é natural que tenhamos duas de suas canções no páreo. Além elas, há o empolgante tema de Trolls (2016), a bonitinha melodia que embala as aventuras de Moana e o tristonho som do documentário dirigido por Brian Oakes. Quem vencerá? Vamos aos nossos prognósticos.
Nota de rodapé: É bom lembrar. As cinco canções concorrentes e a esquecida estão na playlist Papo de Cinema no Spotify. Confira clicando aqui.
FAVORITA/TORCIDA: City of Stars, de Justin Hurwitz, Benj Pasek e Justin Paul, por La La Land: Cantando Estações
Barbada. Só um cataclismo na Academia tira o Oscar dessa ode à Los Angeles dos apaixonados e sonhadores. City Os Stars tornou-se o emblema sonoro do filme de Damien Chazelle. Há quem faça objeção ao fato de Ryan Gosling e Emma Stone não serem exatamente cantores, mas, ora, suas interpretações dessa letra, ao mesmo tempo melancólica e romântica, criada pelo trio Justin Hurwitz, Benj Pasek e Justin Paul, é uma das coisas mais bonitas do filme, a expressão, em simpático dueto, de tudo o que circunda aquele relacionamento que vai evanescendo. Difícil sair da sala de cinema sem cantarolar essa bela música-tema, a muito provável vencedora do Oscar de Melhor Canção Original, e com justiça, diga-se de passagem. Não bastasse isso, há os termômetros. Ela ganhou o Globo de Ouro e o Satellite Awards, dois bons indícios do quase certo triunfo na festa do dia 26.
AZARÃO: Can’t Stop The Feeling, de Justin Timberlake, Max Martin e Karl Johan Schuster, por Trolls
Poderíamos listar como azarão Audition, ainda de La La Land. Mas, vamos tentar pensar fora do fenômeno que promete arrebatar boa parte das estatuetas deste ano. A música que marca a trama do longa-metragem Trolls tem chances (bastante remotas, por certo) de estragar a festa e melar o bolão dos apostadores. Ela foi indicada tanto ao Globo de Ouro quanto ao Satellite Awards, perdendo ambas para City of Stars, é verdade. Mas estava lá. A popularidade do aqui compositor/intérprete Justin Timberlake é um componente de peso na campanha desse azarão. O som é bom? Com certeza, daqueles que colam invariavelmente na memória, sendo por ela evocada sempre que pensamos no filme. Então, estranhe muito caso Can’t Stop The Feeling ganhe. Todavia, se há alguma canção que faz frente à favorita, é esta, de perfil totalmente distinto, e por isso mesmo na briga.
ESQUECIDA: Drive It Like You Stole It, de Gary Clark, por Sing Street
Das 91 pré-selecionadas – recorde histórico no que tange à categoria – esta é a grande injustiçada do ano. Aliás, o musical de John Carney merecia ter recebido alguns reconhecimentos da Academia, entre eles, pelo menos, o de Trilha Sonora. Mas, especificamente a canção contagiante que dita o ritmo da sequência mais importante do longa-metragem poderia, muito bem, estar entre as cinco finalistas. Carney tem se especializado em fazer filmes que mesclam boas históricas e composições que ficam reverberando pós-sessão. A música é um elemento fundamental de seu cinema. E Drive It Like You Stole It é realmente desse tipo “chiclete”, que gruda. Ela serve para estabelecer um ponto de virada na vida do protagonista que cresce, literal e metaforicamente, em contato com a sonoridade dos anos 80. Que mancada, Academia, preterir uma candidata dessas.
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