INDICADOS
- Dustin O’Halloran e Volker Bertelmann, por Lion: Uma Jornada para Casa
- Justin Hurwitz, por La La Land: Cantando Estações
- Mica Levi, por Jackie
- Nicholas Britell, por Moonlight: Sob a Luz do Luar
- Thomas Newman, por Passageiros
Assim como na categoria Melhor Canção Original, aqui a disputa é caracterizada por uma predominância de estreantes. De todos os postulantes a esta estatueta, a mais cobiçada da área em Hollywood, apenas Thomas Newman já havia sentido o gostinho de ter seu nome entre os cinco finalistas, e não por poucas vezes. Esta é a sua décima segunda indicação. Os concorrentes deste ano possuem influências bastante distintas para o resultado de seus respectivos filmes, embora todos sejam flagrantemente importantes. É óbvio que algo como La La Land: Cantando Estações (2016) simplesmente inexistiria sem o aspecto musical, intrínseco à potência de sua narrativa, mas dramas intimistas como Jackie (2016), por exemplo, também se beneficiam da excelência das músicas que os embalam, embora isso seja menos evidente num primeiro momento. Sobre trilhas, convenhamos, todo cinéfilo tem as suas favoritas (aliás, vocês já conferiram a nossa playlist de soundtracks no Spotify? Acessem ela aqui). Bom, vamos aos prognósticos.
FAVORITO/TORCIDA: Justin Hurwitz, por La La Land: Cantando Estações
Difícil imaginar outro resultado nesta categoria do Oscar que não uma vitória fácil do trabalho de Justin Hurwitz, profissional com certa experiência no cinema, que já havia se destacado por conta da igualmente determinante contribuição a Whiplash: Em Busca da Perfeição (2014). A trilha de La La Land é parte indissociável de seu êxito, daquelas que a gente chega, facilmente, a decorar a sequência das músicas por conta da quantidade de vezes em que a ouvimos depois do filme. Ser, então, um dos principais elementos do provável longa-metragem do ano em Hollywood justifica amplamente esse favoritismo. Além disso, Hurwitz levou para casa o BAFTA, o Globo de Ouro, o Critics’ Choice Movie Awards, o Satellite Awards, sendo igualmente indicado às láureas das associações de críticos de Boston, Chicago e Londres. É uma bagagem e tanto.
AZARÃO: Mica Levi, por Jackie
Também conhecida como Micachu, a cantora e compositora Mica Levi debuta na condição de postulante ao Oscar, podendo ser considerada uma alternativa ao franco favorito. Esta é a sua segunda trilha sonora – a estreia foi com a também elogiada de Sob a Pele (2013). Fora do cinema, ela é conhecida pelo trabalho com a banda The Shapes, que lançou os álbuns Jewellery (2009), Never (2012) e Good Sad Happy Bad (2015). Em 2014, lançou o EP solo Feeling Romantic Feeling Tropical Feeling Ill. Pela soundtrack de Jackie, Levi ganhou os prêmios das associações de críticos de Boston (desbancado La La Land), Chicago, além de ter sido indicada às estatuetas das associações de Londres, Los Angeles e ao BAFTA. Única mulher na disputa, Mica Levi é apenas a oitava a concorrer na categoria em toda a história do Oscar. Portanto, seria emblemática a sua vitória.
ESQUECIDO: Abel Korzeniowski, por Animais Noturnos
A categoria Trilha Sonora é uma das mais rigorosas do Oscar. São desqualificados quaisquer conjuntos que não tenham, ao menos, 86% de músicas compostas especialmente para os filmes. Isso explica as sentidas ausências de Johánn Johánnsson, por A Chegada (2016), e de Lesley Barber, por Manchester à Beira-Mar (2016). Entre as que poderiam muito bem chegar à etapa final, está a trilha sonora da mais nova realização do diretor Tom Ford. Abel Korzeniowski criou um apanhado de sons que ressaltam a estranheza, algo essencial para modular, sobretudo, os aspectos emocionais da trama. O polonês, que já havia colaborado com Ford em Direito de Amar (2009), experiente, inclusive, na televisão – é dele a trilha de Penny Dreadful (2014–2016), bem que poderia ter seus esforços reconhecidos pela Academia. Outra mancada, e das grandes.
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