Hoje em dia são comuns os filmes de super-heróis. Mas em 2002 a coisa não era bem assim. Aliás, quando Homem-Aranha chegou aos cinemas o mercado era um grande descampado, pronto para ser fertilizado pela nova tendência na seara dos blockbusters. E é praticamente inegável que a realização de Sam Raimi tem um papel fundamental nessa verdadeira mudança de paradigmas. Como Peter Parker foi escolhido Tobey Maguire, não necessariamente uma aposta óbvia para o papel. Na esteira de X-Men: O Filme (2000), tivemos, então, a apresentação da origem do aranha, com a fatídica morte do Tio Ben, as dúvidas iniciais, os dilemas que sobrevém à constatação de que grandes poderes trazem grande responsabilidades. Mas, além da qualidade da direção, essencial ao êxito do todo, o elenco consistente também pode ser entendido como uma força evidente desse conjunto. Afinal de contas, além de Maguire, há Kirsten Dunst como a indefectível Mary Jane, J.K. Simmons como J. Jonah Jameson e James Franco como Harry Osborn. Há, também, Willem Dafoe como o Duende Verde. E qual produção pode se dar ao luxo de ter uma estrela dessas como antagonista? Enfim, finalmente tínhamos o amigão da vizinhança se balançando por Nova Iorque num dos melhores longas-metragens baseados nos quadrinhos.
:: Média 7,8 ::