20190709 o espetacular homem aranha papo de cinema

O fracasso de Homem-Aranha 3 (2007) não foi suficiente para enterrar cinematograficamente o personagem. Pelo contrário, pois na época o filão dos filmes de super-heróis já lucrava rios de dinheiro. E a Sony Pictures certamente não ficaria de fora dessa. Surgem um novo diretor – Marc Webb, egresso do sucesso indie (500) Dias com Ela (2009) – e um astro novo, neste caso Andrew Garfield. Temos em O Espetacular Homem-Aranha, de cara, com um Homem-Aranha mais jovem, longe dos arroubos essencialmente dramáticos da abordagem anterior, um moleque que não deixa de lado suas características imaturas quando veste o uniforme que o identifica como o amigão da vizinhança. Desnecessariamente, tem-se mais uma vez a origem do personagem, com uma nova versão da famigerada morte do Tio Ben e, adiante, uma trama envolvendo o passado dos pais de Peter. Emma Stone, como Gwen Stacy, se encaixa muito bem, não apenas individualmente, mas fazendo um par absolutamente convincente com GarfieldRhys Ifans está ótimo como o Lagarto, o vilão da vez. É um conjunto divertido, mais leve do que estávamos acostumados em se tratando de Homem-Aranha nos cinemas, mas que não empolgou tanto quanto se poderia prever, ficando num patamar intermediário, mas de sucesso suficiente para gerar sequência.
:: Média 6,7 ::

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.