Sabe qual seria o único título que Steven Spielberg apagaria de sua filmografia, caso tivesse a oportunidade? O Mundo Perdido: Jurassic Park! Palavras dele, em diversas ocasiões. Declaradamente contra a realização de sequências – Indiana Jones seria a exceção que confirma a regra – Spielberg deixou mais do que claro o seu desconforto com a realização deste título, encomendado pelo estúdio com um único e singelo objetivo: tentar chegar o mais próximo possível nas bilheterias do valor acumulado pelo primeiro título da saga, Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros (1993), que em valores atualizados soma mais de US$ 1 bilhão, além de ter conquistado 3 Oscars. Pois, o desafio que o longa anterior significou, tanto em termos técnicos quanto criativos, já havia se esgotado em uma aventura. Essa primeira continuação, portanto, nada mais é que uma repetição da fórmula. O que não quer dizer que não possua elementos interessantes, como o protagonismo dado ao matemático Ian Malcolm (Jeff Goldblum, o melhor personagem de toda a série), a sequência do ônibus pendurado no penhasco ou o rápido ataque do T-Rex em um centro urbano, uma homenagem singela ao clássico King Kong (1933). Um conjunto interessante, mas ainda assim pequeno diante de todas as expectativas envolvidas. Tanto que, ainda que tenha concorrido ao Oscar de Melhores Efeitos Especiais, este é um filme que até hoje é mais lembrado por suas três indicações às Framboesas de Ouro, entre elas como Pior Sequência e como Pior Roteiro.
:: Média 5.9 ::

::  Confira na íntegra a crítica de Robledo Milani ::

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.