Muito já foi dito a respeito do segundo – e ainda, indiscutivelmente, melhor – filme realizado dentro da saga Star Wars. Após um início que mudou as estruturas do gênero ficção-científica em Hollywood para sempre – Uma Nova Esperança chegou a ser indicado a 10 Oscars, inclusive a Melhor Filme, e ganhou em seis categorias, além de mais um prêmio especial – George Lucas entregou o controle de sua criação ao diretor Irvin Kershner, um competente realizador, especializado em comandar sequências (como O Retorno do Homem Chamado Cavalo, 1976, e 007: Nunca Mais Outra Vez, 1983). Pois o cineasta recém-chegado não só aprofundou o tom novelesco da trama, já delineado no episódio de estreia, como o abraçou sem vergonha alguma, fazendo daquilo que muitos poderiam ter visto como demérito uma das suas maiores qualidades. Revelações de última hora, a jornada de um herói relutante que precisa aprender a liderar e uma história de amor aos trancos e barrancos são alguns dos elementos que ele faz uso, contando com atores – Mark Hamill, Carrie Fisher e Harrison Ford – muito mais à vontade com seus personagens icônicos. Ansiosamente esperado por fãs de todas as idades e das mais diversas origens, esse é o filme que sedimentou de vez o lugar de Star Wars na cultura pop, alçando Darth Vader ao posto de vilão mais odiado – e temido – de todas as galáxias, além de envolver cada uma dessas figuras em uma realidade de perdas e ganhos, derrotas e conquistas, na qual cada vitória, mesmo que pequena, possa significar um mundo de possibilidades. Tanto para o bem, é claro, como também para o mal. Pena, portanto, que nenhuma de suas tantas sequências, até hoje, tenha se demonstrado à altura do universo que aqui começou a ser desenhado de uma vez por todas.
:: Média: 9,3 ::
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