Apesar do enorme, e inevitável, êxito comercial, a conclusão da trilogia original de Star Wars é, de forma quase unânime, considerada inferior aos dois episódios anteriores, tanto pela crítica quanto pelos fãs. Tal avaliação se deve especialmente à mudança de tom apresentada em relação ao longa precedente, O Império Contra-Ataca (para muitos, ainda o melhor de toda a saga), cuja trama era permeada por elementos mais sombrios e dramáticos. Aqui, George Lucas, novamente atuando como produtor e roteirista, deixando a direção a cargo do britânico Richard Marquand, optou por realizar uma obra mais leve, voltada claramente ao público infantil, algo evidenciado pela presença dos Ewoks. A inserção das diminutas criaturas habitantes da Lua de Endor, local onde se desenvolve um arco essencial da ação, de fato, faz com que os conflitos soem mais cômicos e ingênuos, o que gerou o descontentamento de boa parte da ala adulta dos espectadores – ainda que o apelo junto às crianças tenha se provado efetivo, levando os personagens a ganhar duas aventuras independentes produzidas para a TV. Contudo, consideradas suas irregularidades, o episódio conclui a trilogia de modo satisfatório, entregando momentos emotivos, como o confronto final entre Luke e Darth Vader e a morte de Yoda, dando mais espaço a figuras marcantes, como a do Imperador, e trazendo revelações importantes (o laço fraternal de Luke e Leia). Há também um ato inicial, mostrando o resgate de Han Solo, ainda congelado em carbonita, repleto de momentos e imagens clássicas da série: a sequência no poço de Rancor envolvendo Boba Fett, a primeira participação de Jabba the Hutt – ao menos antes do lançamento das versões restauradas de 1997 – e a aparição da Princesa Leia trajando o icônico biquíni dourado.
:: Média: 6,7 ::
