Os fãs aguardaram ansiosamente o retorno de Star Wars às telonas, e o que receberam foi o trôpego A Ameaça Fantasma – praticamente um consenso como pior (ou o menos bom) de todos os filmes da saga. George Lucas teve de se redimir, fazer algumas autocríticas e, principalmente, cancelar Jar Jar Binks. O resultado foi este episódio II, bem mais eficiente que o anterior, mas ainda com alguns tropeços aqui e ali. Talvez o mais incômodo deles seja a escalação de Hayden Christensen como protagonista. Convenhamos, já era difícil fazer o público torcer por um personagem que todo mundo sabia ser o futuro Darth Vader, mas a tarefa só ficou ainda mais complicada quando, do irritante ator mirim Jake Lloyd, pulamos direto para o inexpressivo Christensen. Além disso, a insistência de Lucas em fazer tudo pelo computador comprometeu também a aproximação do público com aquilo que estava vendo, pois a natureza digital dos ambientes e seres grita na tela, ainda mais hoje, passados mais de dez anos do lançamento. Ainda bem, o elenco também conta com Ewan McGregor, Natalie Portman, Samuel L. Jackson e até Christopher Lee, atores infinitamente melhores e mais carismáticos que se encarregam sozinhos de ancorar o espectador naquele universo fantástico – além, é claro, dos conhecidos R2D2 e C-3PO. A verdade é que o filme funciona porque tem sequências de ação muito boas e porque dá conta de explicar elementos da trilogia clássica, como a origem dos stormtroppers. Isso sem contar a adorada/odiada sequência em que vemos pela primeira vez o Mestre Yoda lutar. Talvez ninguém tenha pedido por algo disso, mas a coisa é que o filme existe e funciona até que bem, e ainda tem o bônus de contar com alguns dos momentos mais inspirados de John Williams para a saga.
:: Média: 5,1 ::
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