20180426 doutor estranho papo de cinema

Um médico, ricaço e arrogante, sofre um acidente, perde os movimentos da mão e, consequentemente, os dons necessários à prática cirúrgica que lhe deu fama. Ele acaba sabendo que pode se curar graças às artes místicas e passa por trancos e barrancos até ficar perto de se tornar o Mago Supremo. Troque alguns dados iniciais, a magia por tecnologia, e o que temos aqui é uma repaginação de Homem de Ferro em sua origem. Não que nos quadrinhos seja muito diferente, mas mesmo com alguns dos melhores efeitos especiais do UCM, o que falta a este título é originalidade e frescor. É divertido ver um pouco de misticismo no Universo Marvel? Com certeza. Mas este é um dos filmes que não vai muito além disso. Temos um carismático protagonista (graças ao talento de Benedict Cumberbatch), Tilda Swinton roubando a cena, Rachel McAdams subaproveitada e dois péssimos vilões pra entrar no topo (ou o contrário) do bottom 10 do estúdio no quesito. Com uma trama fraca, a história de Stephen Strange pode até enganar à primeira vista, mas, depois, se torna totalmente esquecível. Apresentou o personagem para o UCM, somente conseguiu alta bilheteria por conta do hype e do estúdio já ter se consagrado. Imagina se tivesse sido realizado há dez anos?
:: Média 6,1 ::

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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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