A parceria com James Gunn foi um sucesso. A irreverência dos Guardiões ganhou trajes ultra-coloridos em suas mãos e fugiu das tramas na Terra para explorar os absurdos cósmicos do UCM. Ciente dos elementos que tornaram o primeiro filme um sucesso, a equipe voltou a se reunir imediatamente – a trama tem início poucas semanas depois do final do Volume 1. Somos atirados já no meio da ação do grupo de heróis, que já se desdobra para um encontro com Ego, uma espécie de deus vivido por Kurt Russell – escolha de elenco que resgata o clima oitentista reverenciado pelo protagonista Peter Quill (Chris Pratt). Mas não apenas isso, o filme também recupera alguns bons hábitos da safra de produções dos anos 80, como as maquiagens feitas à mão, que não dependem de efeitos visuais. É um show à parte o preciosismo das criaturas e, claro, do rejuvenescimento de Russell, que muitos diriam ser CGI. Não que faltem efeitos no filme (foi indicado ao Oscar da categoria), o design arrebatou o visual e Gunn cimentou tudo com mais uma escolha estudada de canções. E entre vilões megalomaníacos e a ação desenfreada, esse Volume 2 tira da cartola um lado emotivo insuspeito, que consegue comover o espectador justamente por contrastar com o tom de leveza do resto do filme. A crítica bateu palmas, mas não tanto quanto para o anterior – foi dito que faltava neste o frescor de originalidade do primeiro. Mas a verdade é que a continuação reaproveita muito bem as ideias do original. E embora não tenha muita ligação com o resto do UCM (Vol.1 girava em torno de uma das Joias do Infinito), é impecável desenvolvendo os personagens e as relações entre eles, levando o espectador da empolgação ao riso e de lá às lágrimas num estalar de dedos.
:: Média 7,6 ::