Demorou, mas finalmente pudemos assistir aos maiores heróis dos quadrinhos se juntando na telona em suas versões carne-e-osso. Depois do ótimo Homem de Aço (2013) e do bagunçado Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016), a DC Comics parece finalmente ter encontrado o caminho para suas aventuras. O diretor Zack Snyder, infelizmente, não pode terminar sua visão após perder a filha, deixando o comando das refilmagens de alguns trechos para Joss Whedon, diretor de Os Vingadores (2012), um dos maiores sucessos da concorrência, os estúdios Marvel. Com isso, temos um longa-metragem mais direto ao ponto, com nossos heróis tendo de salvar o mundo de um vilão que pretende transformar o planeta num inferno. É um conceito simples, mas bem executado. Afinal de contas, a junção de Batman (Ben Affleck), Mulher Maravilha (Gal Gadot), Flash (Ezra Miller), Ciborgue (Ray Fisher) e Aquaman (Jason Momoa) já dá aos fãs o suficiente para curtir. Claro que seria melhor um vilão menos esquemático que o Lobo da Estepe (uma figura feita em CGI que nunca convence), mas esse é um pequeno porém numa aventura que coloca os heróis no holofote que merecem. Dentre os muitos acertos de Liga da Justiça, temos o Superman (Henry Cavill) que todos queriam ver, a surpresa de conferir Aquaman e Ciborgue em ação de forma nunca antes vista, o alívio cômico divertido do Flash de Ezra Miller e, claro, a potência heroica da inesquecível Mulher Maravilha. Tudo isso embalado na ótima trilha sonora de Danny Elfman, que acaba relembrando temas clássicos do Homem-Morcego e de Superman. Conciso, cheio de surpresinhas para os fãs (permaneçam até o final dos créditos), o filme consegue passar por cima de alguns de seus problemas, entregando uma bela aventura.
:: Média: 6.8 ::
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