O início não poderia ser diferente: afinal, não é ele o princípio de tudo, o primeiro de todos, aquele que está acima dos demais? Para que o Universo Cinematográfico DC começasse com o pé direito, quem mais poderia ser escolhido, senão o Superman? Ninguém coloca essa opção em dúvida – a questão, aqui, é como ela foi conduzida. Ao contrário do cada vez mais cômico e espalhafatoso Universal Cinematográfico Marvel, no qual as aventuras têm se aproximado perigosamente da comédia besteirol, quando se trata da DC Comics o exemplo mais bem-sucedido até aquele momento era a trilogia O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, que levou ao grande público um Batman muito mais sombrio, como nunca visto antes na tela grande. Nolan pode ter saído de cena, deixando a direção para Zack Snyder e se preocupando apenas com a produção executiva, mas o tom deveria ser o mesmo: havia chegado a vez de apresentar ao público um Homem de Aço consciente não apenas dos seus poderes, mas também das consequências de seus atos. Longe da visão colorida defendida por Brandon Routh em Superman: O Retorno (2006) – e, definitivamente, distante da desastrosa última incursão de Christopher Reeve como o kryptoniano em Superman IV: Em Busca da Paz (1987) – Henry Cavill assumiu o manto com dignidade e muita força. O resultado pode não ter agradado a todos – o choque, de fato, foi demais, graças a uma mudança brusca e necessária – mas os mais de US$ 668 milhões arrecadados nas bilheterias de todo o mundo fizeram desta a produção mais bem-sucedida financeiramente até o momento das estreladas pelo personagem. Enfim, era o começo. E o futuro é auspicioso!
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