Décimo filme do Wizarding World baseado nas criações literárias da escritora J. K. Rowling, Os Crimes de Grindelwald é o primeiro, por outro lado, a ganhar um subtítulo – não seria mais lógico ser chamado de Animais Fantásticos e os Crimes de Grindelwald? Aliás, até isso soaria um pouco estranho, pois a trama tem muito pouco a respeito dos ditos “crimes”, afinal. Enfim, a mudança pode parecer pequena, mas é apenas um dos indícios do tamanho das alterações nesse universo. A inocência e a juventude dos longas estrelados por Harry Potter e amigos ficaram, definitivamente, para trás, e os protagonistas agora são jovens adultos um tanto atrapalhados que nem sabem ao certo contra o que estão lutando. Se no primeiro longa dessa nova série, Animais Fantásticos e Onde Habitam (2016), o resultado já havia sido irregular, dessa vez o desequilíbrio é ainda maior. Ao oferecer espaço a um ator controverso como Johnny Depp – o que desagradou muitos fãs – como o maior vilão, os personagens principais terminaram um tanto apagados, numa mistura um tanto indigesta de romances mal acabados, segredos de família, revelações de última hora e reviravoltas pouco convincentes. O resultado, portanto, não poderia ser muito diferente: este é o filme de pior bilheteria de toda a franquia – arrecadou praticamente a metade do anterior nos EUA, e pouco mais de meio bilhão no mundo todo (a critério de comparação, Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 somou US$ 1,3 bilhão). É, também, o único dos dez títulos a ter uma avaliação negativa (apenas 39%) por parte da crítica especializada no Rotten Tomatoes. Sinal de alerta? Talvez. E daqueles que não se resolve num passe de mágica.
:: Média 5,7 ::
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