Harry Potter e a Ordem da Fenix é o primeiro filme da saga Wizarding World dirigido por David Yates. O excelente resultado garantiu a sua longevidade na franquia. Parece que depois de Alfonso Cuarón, artista que redefiniu os parâmetros da cinessérie, ele foi o cineasta que melhor entendeu o espírito dos livros. No quinto ano em Hogwarts, Harry (Daniel Radcliffe) sofre com a descrença de metade dos bruxos, que não acredita quando ele alardeia o retorno de Lord Voldemort (Ralph Fiennes). Dolores Umbridge (Imelda Staunton), nova professora de Defesa Contra a Arte das Trevas, chega à escola para intervir em nome do Ministério da Magia. Ela, contudo, aborda temas amenos, claramente deixando os alunos despreparados para o pior. Harry se torna “professor” de feitiços de ataque de alguns colegas, criando a chamada Armada de Dumbledore. Surge a Ordem da Fênix, incluindo Snape (Alan Rickman), que guia o protagonista no sentido de defender sua mente da influência nefasta do vilão. Este é um dos episódios mais dramáticos da saga Harry Potter, principalmente por uma morte amplamente sentida. O já órfão Potter perde uma figura cara, cuja familiaridade com seus pais e a disposição a defendê-lo com unhas e dentes fazem da fatalidade ainda mais dolorosa. Ademais, o filme – Indicado ao BAFTA de Melhor Direção de Arte e Melhores Efeitos Visuais – mostra o duelo há muito esperado entre Voldemort e Dumbledore. O filme arrecadou cerca de US$ 940 milhões mundialmente, se tornando um êxito pleno e pavimentando o caminho para os exemplares derradeiros. Uma beleza.
:: Média 7,9 ::

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.