Pode-se dizer que a escolha de Chris Columbus foi uma aposta conservadora, porém segura, para dar início ao Wizarding World nos cinemas. A Warner Bros., empresa responsável por levar às telonas a febre em torno da obra de J. K. Rowling, sabia o tamanho da responsabilidade. Poderia, fosse tudo certo, começar uma verdadeira mina de ouro, ou, desse tudo errado, afundar um produto de potencial excepcional. A começar pela seleção do elenco, as coisas correram muito bem, obrigado. Os novatos Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson, que esbanjaram carisma ao longo dos anos, foram auxiliados em Harry Potter e a Pedra Filosofal pelas presenças de verdadeiros ícones, como Richard Harris (a exceção irlandesa), e os britânicos Maggie Smith, Alan Rickman e Ian Hart. Com um investimento proporcional à expectativa em torno do projeto – US$ 125 milhões –, o filme arrecadou impressionantes US$ 974 milhões, ampliando consideravelmente a pottermania, garantindo uma fonte anual de ganhos polpudos ao estúdio. O longa tem aquele ar de curiosidade infantil, principalmente ao seguir o pequeno Harry na descoberta de um mundo completamente novo, em que as ameaças mortais da sequência ainda são histórias escritas em livros, aparentemente distantes e enterradas. Indicada ao Oscar de Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino e Melhor Trilha Sonora Original, a produção foi uma das pontas de lança do grande interesse do início do novo século por narrativas cinematográficas épicas, com ocorrências fantásticas e apelo amplo, o que fez dele um programa familiar e tanto.
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