Cinco anos após entregar ao mundo o fim da saga Harry Potter, e ver fracassarem todas as tentativas de preencher esse vazio no filão, a Warner Bros. lançou Animais Fantásticos e Onde Habitam, derivado que prometia, ao menos, manter a magia no ar. Bem apelidado por programas humorísticos de “O Harry Potter sem Harry Potter”, o longa-metragem baseado num livro de criaturas fantásticas, escrito pela própria J. K. Rowling, teve o vultuoso orçamento de US$ 180 milhões e não fez feio, arrecadando cerca de US$ 815 milhões ao redor do globo. A trama se passa em Nova Iorque, em 1926, quando Newt Scamander (Eddie Redmayne), autor da bibliografia básica de Hogwarts sobre as criaturas fabulosas, deixa escapar alguns espécimes com alto potencial para colocar o mundo dos “trouxas” de cabeça para baixo. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino, tornando-se vencedor nesta categoria. Aliás, o único exemplar da lavra de Harry Potter a vencer a láurea da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Pois bem, a despeito de todo esse reconhecimento, até mesmo os fãs mais ardorosos do bruxinho tiveram de tomar boas doses de condescendência para celebra-lo amplamente. A mitologia do Wizarding World continua instigante, os efeitos estão precisos como nunca, mas falta carisma aos personagens, algo de que seus antecessores certamente não podiam se queixar. Todavia, o bom desempenho nas bilheterias abriu caminho à sequência e, por conseguinte, à possibilidade de mitigar um pouco a falta que Harry e companhia fazem anualmente nas telonas. Mas, pensemos: é coincidência que os dois spin-off estejam na rabeira do nosso ranking?
:: Média 6,8 ::