Em 2002, a então jovem Suzane von Richthofen, de 19 anos, com apoio dos irmãos Daniel (namorado) e Cristian Cravinhos (cunhado), planejou e executou o assassinato dos próprios pais, Manfred e Marísia von Richthofen – bem-sucedidos profissionais da classe média paulistana – visando herdar as economias de ambos. Amplamente divulgado pela mídia, o delito chocou o Brasil e entrou para o submundo da cultura popular nacional. No audiovisual, uma empreitada que dramatizasse a história foi considerada por diversos cineastas, mas foi só em 2019 que o famoso Caso Richthofen começou a ser adaptado, de fato, em um filme. Aliás, um não, dois! Isso porque o responsável pela aposta, o diretor Mauricio Eça, resolveu fracionar a trama em dois longas, um narrado pela visão de Suzane, e outro na versão de Daniel. Com Carla Diaz e Leonardo Bittencourt como protagonistas, A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais foram lançados conjuntamente em 2021, via streaming (em função da pandemia da Covid-19).
Ambos projetos não foram bem vistos pela crítica, mas, apesar disso, causaram burburinho suficiente nas redes sociais para trazer o caso de volta aos holofotes e, além disso, apresentá-lo a toda uma nova geração de fãs de produções true crime. Em 2023, um terceiro capítulo ainda complementou história, também em VoD. A Menina que Matou os Pais: A Confissão mostra a investigação que condenou o criminoso trio. Porém, o longa não gerou a mesma badalação dos primeiros. Pois bem, agora, depois desse breve relato, que tal conferir números, críticas e curiosidades sobre todas essas investidas? Siga o fio!
Brasil, 2023
Biografia/Crime/Drama/Policial, 98 minutos
De Mauricio Eça
Com Carla Diaz, Leonardo Bittencourt, Allan Souza Lima, Barbara Colen, Augusto Madeira, Debora Duboc
Sinopse: Os momentos cruciais do caso Richthofen revelam o que Suzane e os irmãos Cravinhos fizeram nos dias imediatamente posteriores ao crime brutal.
Nota do Papo de Cinema: 4/10
Nota do IMDb: 62%
O que nós achamos: “Dá conta de esmiuçar grande parte do ocorrido, possui algumas atuações competentes de artistas qualificados e, principalmente, vence seus antecessores. Uma pena que a ambientação da história, integralmente, acabe firmando suas bases num simulacro”. Confira na íntegra a crítica de Victor Hugo Furtado
Brasil, 2021
Biografia/Crime/Drama/Policial, 80 minutos
De Mauricio Eça
Com Carla Diaz, Leonardo Bittencourt, Allan Souza Lima, Leonardo Medeiros, Augusto Madeira, Vera Zimmermann, Debora Duboc
Sinopse: Os namorados Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos assassinaram brutalmente os pais dela. O crime chocou o Brasil e foi sendo ressignificado à medida que as versões de ambos muitas vezes se mostravam conflituosas. Pela perspectiva de Suzane, ela foi uma garota tímida e comportada, corrompida por um rapaz interesseiro. Esta é a versão dela.
Nota do Papo de Cinema: 2/10
Grade Crítica do Papo de Cinema (média): 34%
Nota do IMDb: 61%
Orçamento: US$ 8 milhões
O que nós achamos: “Comparando os filmes-irmãos, visto que o lançamento simultâneo favorece este exercício, este se revela ainda pior do que o anterior. O segmento baseado na fala da garota sustenta longamente a construção de uma menina chorosa e ingênua, acentuando o maniqueísmo. Pelo menos, na fala de Daniel, existia a leitura menos estereotipada”. Confira na íntegra a crítica de Bruno Carmelo
Brasil, 2021
Biografia/Crime/Drama/Policial, 80 minutos
De Mauricio Eça
Com Carla Diaz, Leonardo Bittencourt, Allan Souza Lima, Leonardo Medeiros, Augusto Madeira, Vera Zimmermann, Debora Duboc
Sinopse: Os namorados Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos assassinaram brutalmente os pais dela. O crime chocou o Brasil e foi sendo ressignificado à medida que as versões de ambos muitas vezes se mostravam conflituosas. Pela perspectiva de Daniel, ele foi um jovem honrado e trabalhador, manipulado por uma garota perversa. Esta é a versão dele.
Nota do Papo de Cinema: 3/10
Grade Crítica do Papo de Cinema (média): 28%
Nota do IMDb: 59%
Orçamento: US$ 8 milhões
O que nós achamos: “O público encerra a experiência sem acesso a qualquer reflexão. Se ao menos Suzane conversasse a respeito com uma amiga, fora do tribunal, ou Daniel se expressasse ao irmão, longe dos holofotes, talvez o projeto revelasse o mínimo de coragem e criatividade para oferecer uma perspectiva pessoal aos fatos”. Confira na íntegra a crítica de Bruno Carmelo