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Saga :: Mad Max

Publicado por
Marcelo Müller

Nem sempre público e crítica andam lado a lado – ainda mais quando se trata de produções que ambicionam grandes bilheterias. Mas a saga Mad Max, concebida e realizada por George Miller, é felizmente uma dessas exceções. Ainda que internacionalmente os três primeiros filmes da série pareçam ter desempenhos tímidos, são inegáveis os êxitos das suas relações custo/benefício. Afinal, o original de 1979 arrecadou mais de 13 vezes o valor do seu orçamento, enquanto o segundo atingiu quase que 12 vezes o seu investimento. Já o terceiro, que contou com um budget maior, triplicou cada centavo gasto.

Por outro lado, todos os longas foram recebidos com entusiasmo pela crítica. Tanto o segundo quanto o quarto possuem quase que 100% de aprovação, enquanto o primeiro recebeu sete indicações ao prêmio máximo do cinema australiano, o Australian Film Institute, inclusive a Melhor Filme. Por fim, o terceiro, que contou com o acréscimo mais que especial da cantora Tina Turner no elenco, recebeu uma indicação ao Globo de Ouro – na categoria de Melhor Canção Original pela icônica We Don’t Need Another Hero. Mad Max: Estrada da Fúria, considerado um divisor de águas, fez bonito no Oscar 2016: premiado como Melhor Montagem, Design de Produção, Figurino, Maquiagem, Mixagem de Som e Edição de Som, além de ser indicado a Melhor Filme, Direção, Fotografia e Efeitos Visuais.

George Miller, vencedor do Oscar pela animação Happy Feet: O Pinguim (2006) – e dono de indicações pelo drama O Óleo de Lorenzo (1992) e pelo infantil Babe: O Porquinho Atrapalhado (1995), teve em Max seu personagem mais carismático, revolucionário e popular em décadas de carreira. Tanto que foi essa criação que fez o nome de Mel Gibson ser conhecido no mundo inteiro. E é por isso que não foi surpresa para ninguém contemplar o sucesso dessa nova fase, assim gerando fôlego e expectativa suficiente para, talvez, próximas histórias ambientadas neste mundo devastado. Tanto que George Miller abriu espaço generoso para uma nova protagonista, a destemida Furiosa que, pela primeira vez, tornou-se a figura principal de um filme da saga. Confira agora tudo sobre os filmes da saga Mad Max.

 

Furiosa: Uma Saga Mad Max
Furiosa: A Mad Max Saga, Austrália, 2024
Ação/Aventura/Drama, 148 minutos
De George Miller
Com Anya Taylor-Joy, Chris Hemsworth, Tom Burke
Sinopse: A jovem Furiosa cai nas mãos de uma grande horda de motoqueiros liderada pelo senhor da guerra Dementus. Varrendo Wasteland, eles encontram a Cidadela, presidida por Immortan Joe. Enquanto os dois tiranos lutam pelo domínio, Furiosa logo se vê em uma batalha para voltar para casa.
Nota do Papo de Cinema: 7/10
Nota do IMDb: 79%
Nota do Metacritic: 79%
Nota do Rotten Tomatoes: 91%
Orçamento: US$ 168 milhões
O que nós achamos: “Distante da excelência que marcou Mad Max: Estrada da Fúria, a pedra fundamental da nova fase da saga Mad MaxGeorge Miller nos oferece um espetáculo ainda assim empolgante em certos momentos, mas não ao ponto de nos marcar”. Confira na íntegra a crítica de Marcelo Müller

 

Mad Max: Estrada da Fúria
Mad Max: Fury Road, EUA/Austrália, 2015
Ação/Aventura/Drama, 130 minutos
De George Miller
Com Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult
Sinopse: Em um mundo praticamente tomado pelo caos, onde as pessoas lutam pela morte uma das outras, um guerreiro das estradas deve resgatar um grupo de garotas envolvidas em uma guerra mortal, iniciada pela Imperatriz Furiosa.
Nota do Papo de Cinema: 10/10
Nota do IMDb: 88%
Nota do Metacritic: 89%
Nota do Rotten Tomatoes: 98%
Premiações: Oscar 2016 (premiado como Melhor Montagem, Design de Produção, Figurino, Maquiagem, Mixagem de Som e Edição de Som. Indicado ainda a Melhor Filme, Direção, Fotografia e Efeitos Visuais);
Orçamento: US$ 150 milhões
Bilheteria Mundial: US$ 379 milhões
O que nós achamos: “É um espetáculo, seja no cenário natural inóspito, nos estúdios ou nas muitas máquinas endiabradas, todas clássicas, misto de monster-trucks e transformers”. Confira na íntegra a crítica de Roberto Cunha

 

Mad Max: Além da Cúpula do Trovão
Mad Max Beyond Thunderdome, Austrália, 1985
Ação/Aventura/Drama, 107 minutos
De George Miller
Com Mel Gibson, Tina Turner, Bruce Spence
Sinopse: Após ser expulso de onde vivia e deixado para morrer no deserto, o ex-policial Max está sozinho e sem seus suprimentos, que foram todos roubados. Com todas as formas de tecnologia que ainda funcionam sendo roubadas por bárbaros, Max precisa lutar para sobreviver e, agora, resgatar um grupo de crianças que encontrou em seu caminho.
Nota do Papo de Cinema: 6/10
Nota do IMDb: 62%
Nota do Metacritic: 80%
Nota do Rotten Tomatoes: 81%
Premiações: Globo de Ouro 1986 (indicado a Melhor Canção Original – We Don’t Need Another Hero);
Orçamento: US$ 12,3 milhões
Bilheteria Mundial: US$ 36,2 milhões
O que nós achamos: “As sequências poeirentas em estradas movimentadas por veículos fora de série continuam. A diferença são as piadas (até aqui) presentes, como revela o vilão Ironbar (que tem uma cabeça presa nas costas), alvo de vários momentos divertidos”. Confira na íntegra a crítica de Roberto Cunha

 

Mad Max 2: A Caçada Continua
Mad Max 2: The Road Warrior, Austrália, 1981
Ação/Aventura/Drama, 95 minutos
De George Miller
Com Mel Gibson, Bruce Spence, Michael Preston
Sinopse: Um ex-policial viaja pela Austrália, agora uma terra devastada. Em seu caminho encontra uma comunidade que possui uma grande reserva de combustível, e concorda em protege-los de um grupo de bandidos.
Nota do Papo de Cinema: 10/10
Nota do IMDb: 76%
Nota do Metacritic: 76%
Nota do Rotten Tomatoes: 98%
Premiações: Academia de Ficção Científica, Fantasia e Horror dos EUA 1983 (premiado como Melhor Filme Internacional. Indicado a Melhor Ator – Mel Gibson -, Ator Coadjuvante – Bruce Spence -, Direção, Roteiro e Figurino);
Orçamento: US$ 2 milhões
Bilheteria Mundial: US$ 23,6 milhões
O que nós achamos: “Se essa realidade violenta e arrasadora já havia sido apresentada no primeiro filme, George Miller consegue expandi-la neste segundo capítulo de forma muito mais acabada”. Confira na íntegra a crítica de Thomas Boeira

 

Mad Max
Mad Max, Austrália, 1979
Ação/Aventura/Drama, 88 minutos
De George Miller
Com Mel Gibson, Joanne Samuel, Hugh Keays-Byrne
Sinopse: Em um cenário de total decadência social e dificuldade para manter a ordem entre as pessoas, um policial busca vingança após seu parceiro ser assassinado junto com a mulher e o filho. Max passa a ser juiz, jurado e responsável por executar a sentença dos criminosos.
Nota do Papo de Cinema: 8/10
Nota do IMDb: 70%
Nota do Metacritic: 76%
Nota do Rotten Tomatoes: 89%
Premiações: Australian Film Institute 1979 (premiado como Melhor Montagem, Som e Trilha Sonora. Indicado a Melhor Filme, Direção, Roteiro Original e Ator Coadjuvante – Hugh Keays-Byrne);
Orçamento: US$ 650 mil
Bilheteria Mundial: US$ 8.7 milhões
O que nós achamos: “Retrata um mundo adoecido e, por isso mesmo, vulnerável.  A direção de arte cria com muita habilidade uma inconfundível atmosfera retrô-futurista. Nada de carros voadores, inteligências artificiais, raios laser e viagens interplanetárias. O amanhã desenhado por Miller é, na verdade, retrógrado”. Confira na íntegra a crítica de Marcelo Müller

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Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.