Paulo Gustavo é um verdadeiro fenômeno. E um que não passou pela televisão aberta. Egresso do teatro, ele cultiva uma carreira na TV por assinatura e nem por isso, quando chega aos cinemas, deixa de ser um blockbuster. E claro que os filmes (agora três) dele interpretando uma versão caricatural (mas nem tanto) da própria mãe são o seu carro-chefe. Nos longas da saga Minha Mãe é uma Peça, o ator e roteirista aposta numa saraivada de piadas calcadas no cotidiano, especialmente no histrionismo e na celeridade dessa matriarca para lá de afetiva e também controladora. É uma receita que, semelhante ao que ocorrera nos palcos, tem se provado absolutamente exitosa nos cinemas. O público se identifica com as contendas familiares, com as demandas de mães atazanadas pelas necessidades dos filhos, adiante carente em virtude da saída do ninho, ou seja, daquela fase em que os descendentes viram adultos e começam a cultivar famílias e vidas próprias. Dentro do cenário do cinema brasileiro, chegar ao terceiro filme e, mais, manter renovado o fôlego dessa tão complexa relação com o público são feitos a serem celebrados. Confira no nosso especial da saga Minha Mãe é uma Peça, críticas, curiosidades, números e muito mais.
Brasil, 2019
Comédia, 105 minutos
De Susana Garcia
Com Paulo Gustavo, Mariana Xavier, Rodrigo Pandolfo, Samantha Schmütz, Herson Capri, Alexandra Richter, Patricya Travassos
Sinopse: Depois do sucesso como apresentadora de TV, Dona Hermínia está de volta, agora com o título de vovó, graças à gravidez de Marcelina. Os problemas e reclamações, marca registrada da matriarca, continuam nesta nova fase de sua vida.
Orçamento: N/A
Bilheteria mundial: N/A
Nota IMDb: 7,5/10
Nota Papo de Cinema: 5/10
O que nós achamos: “Não há desculpa para se ocultar a homoafetividade num filme sobre gays, sobre mulheres bissexuais, com uma personagem baseada no travestimento e interpretada por um ator gay, que não passe pelo preconceito e/ou pela autocensura. Está na hora de o cinema popular LGBTQI (ou sobre indivíduos LGBTQI, como preferirem) sair do armário”. Confira na íntegra a crítica de Bruno Carmelo
Brasil, 2016
Comédia, 89 min
De César Rodrigues
Com Paulo Gustavo, Rodrigo Pandolfo, Mariana Xavier, Ingrid Guimarães, Herson Capri, Mônica Martelli, Samantha Schmütz, Suely Franco, Marcus Majella, Alexandra Richter
Sinopse: Hermínia continua com os problemas de sempre. Sua irmã Lúcia Helena acaba de chegar de Nova York para se instalar na sua casa e tumultuar sua vida, enquanto os filhos Marcelina e Juliano decidem se tornar mais independentes e mudam para São Paulo. Para piorar ainda mais, Marcelina decide ser atriz e Juliano assume ser bissexual.
Orçamento: R$ 8 milhões
Bilheteria mundial: R$ 124.663 milhões
Nota IMDb: 6,6/10
Nota Papo de Cinema: 6/10
O que nós achamos: “Se revela um produto melhor e mais bem acabado do que o episódio original. Isso se deve, em grande parte, a Paulo Gustavo, é claro, que assume uma maior naturalidade com o meio cinematográfico, circulando por paisagens e situações que vão além do mero mote teatral que guiava a trama anterior.” Confira na íntegra a crítica de Robledo Milani
Brasil, 2013
Comédia, 84 min
De André Pellenz
Com Paulo Gustavo, Rodrigo Pandolfo, Mariana Xavier, Ingrid Guimarães, Herson Capri, Mônica Martelli, Samantha Schmütz, Suely Franco, Marcus Majella, Alexandra Richter
Sinopse: Dona Hermínia é uma mulher de meia idade que está aposentada e não tem muitas ocupações, sendo que sua maior preocupação é achar o que fazer. Ela é uma mãe dedicada e está sempre preocupada com os filhos, só que eles cresceram, e já não precisam tanto dela, o que a deixa entediada. Sem um trabalho, um companheiro ou filhos pequenos para se ocupar, Dona Hermínia passa o dia todo desabafando sobre seus problemas com a tia idosa, a vizinha fofoqueira e a amiga confidente.
Orçamento: R$ 5,5 milhões
Bilheteria mundial: R$ 49 milhões
Nota IMDb: 6,8/10
Nota Papo de Cinema: 5/10
O que nós achamos: “Do jeito que está, temos um show de um homem só – ainda assim hilário, mas igualmente carente de algo a mais.”. Confira na íntegra a crítica de Robledo Milani