A famosa floresta tropical amazônica é riquíssima. Inúmeras espécies habitam esse ecossistema. Mesmo constantemente ameaçados pela mão do homem, seres imponentes, tais como onças, macacos, jacarés e tucanos, sobrevivem por lá. Portanto, quanto maior melhor o número de símbolos provenientes desse encantador lugar – e que contribuam para o enriquecimento da nossa identidade cultural e de uma cultura de preservação. E se esses signos forem de muito bom gosto, melhor ainda. Esse é o caso da indígena Tainá.
No ano 2000, com o lançamento de Tainá: Uma Aventura na Amazônia, de Sérgio Bloch e Tania Lamarca, uma geração de crianças teve seu grande primeiro contato com a famosa mata. A Geração Y, ou millennials, lotaram os cinemas para assistir a história de uma jovem indígena que defendia seu território de caçadores e garimpeiros/madeireiros ilegais. O projeto foi protagonizado por Eunice Baía, com então nove anos de idade, escolhida por meio de uma seleção entre mais de 3.000 crianças de todo o Brasil, e contou com o elenco de apoio formado por Caio Romei, Beth Erthal, Marcos Apolo e Charles Paraventi. No final das contas, a obra teve passagens de destaque nos festivais de Xangai e Rio, além de ter sido indicado a duas categorias do 7º Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro.
Em 2004 a personagem, que já era conhecida como um emblema da causa ambiental, ganhou a sequência Tainá 2: A Aventura Continua. Dirigido por Mauro Lima, o filme seguiu com a mesma atriz principal e contou com o acréscimo de Chris Couto, Aramis Trindade, Kadu Moliterno e Leandro Hassum no cast. Na trama, mais uma vez a pequena guerreira luta contra comerciantes sem licença, que agora querem destruir árvores milenares.
Após uma boa pausa de sete anos, Tainá voltou repaginada apenas em 2011. Já mirando uma parcela da geração nascida nos anos 2000. Tainá: A Origem já não contava mais com Eunice Baía, que passou o bastão para a pequenina Wiranu Tembé, de oito anos de idade – menor ainda do que Eunice no primeiro filme. Dispensando um pouco o combate ao desmatamento – mas nem tanto, a história dirigida por Rosane Svartman é focada nas raízes nativas da personagem. Posteriormente, Tainá ganhou uma série animada, Tainá e os Guardiões da Amazônia (2018), e já possui um projeto de longa na mesma linguagem intitulado Tainá e a Flecha Azul. Enquanto aguardamos o retorno da nossa heroína, que tal conferir um apanhado detalhado de todas essas empreitadas. A seguir, fique com as informações:
Brasil, 2000
Aventura/Família/Fantasia, 90 minutos
De Sérgio Bloch, Tania Lamarca
Com Eunice Baía, Marcos Apolo, Branca de Camargo, Charles Paraventi, Luciana Rigueira
Sinopse: Tainá vive na Amazônia com o avô, um sábio índio. Por defender a floresta dos caçadores, é perseguida e tem de se mudar para uma vila, onde conhece Juninho, um menino da cidade grande. Juntos, aprendem a lidar com os valores da cidade e da floresta.
Nota IMDb: 5,2/10
Orçamento: R$ 4 milhões
Brasil, 2004
Família/Aventura/Fantasia, 76 minutos
De Mauro Lima
Com Eunice Baía, Chris Couto, Leandro Hassum, Kadu Moliterno, Aramis Trindade
Sinopse: Tainá enfrenta uma quadrilha que comercializa espécies raras da fauna amazônica e corta árvores milenares. Ela também procura a índia Catiti, de apenas seis anos, que fugiu da aldeia.
Nota IMDb: 5/10
Nota Papo de Cinema: 7/10
O que nós achamos: “Tainá 2 justifica sua existência, atendendo exigências artísticas, culturais e sociais. Muito mais que um mero passatempo de férias, é também uma aula divertida e pertinente”. Confira na íntegra a crítica de Robledo Milani
Orçamento: US$ 5,8 milhões
Brasil, 2011
Família/Aventura/Fantasia, 83 minutos
De Rosane Svartman
Com Wiranu Tembé, Igor Ozzy, Beatriz Noskoski, Gracindo Júnior, Guilherme Berenguer, Laila Zaid, Nuno Leal Maia
Sinopse: Abrigada entre as raízes de uma Grande Árvore, a bebê Tainá é salva pelo velho e solitário pajé Tigê, que passa a cuidar dela. Cinco anos depois, a indiazinha encara os malfeitores da floresta e desvenda o mistério de sua própria origem.
Nota IMDb: 6,1/10
Nota Papo de Cinema: 6/10
O que nós achamos: “Svartman consegue se comunicar com habilidade com os espectadores mais jovens – a despeito dos seus trabalhos anteriores, voltados para uma audiência mais adulta – que respondem com entusiasmo a todos os estímulos apresentados”. Confira na íntegra a crítica de Robledo Milani