O diretor Christopher Nolan, mais conhecido por longas como A Origem (2010) e a recente trilogia do Batman (2005, 2008 e 2012), teve um início de carreira elogiado com filmes como Amnésia (2000) e Insônia (2002). Este último, apesar de não ter sido um sucesso estrondoso de bilheteria, serviu como base para o cineasta se envolver em grandes projetos e ter seu nome ligado a grandes bilheterias. Uma das estreias da semana é o homônimo nacional Insônia (2011), que chega aos cinemas dois anos após ser exibido no Festival de Gramado. Estrelado por Luana Piovani, o longa trata da difícil relação entre uma adolescente e a nova namorada do pai, vinte anos mais nova que ele. Porém, além do mesmo título, quais as ligações entre as duas produções? A equipe do Papo de Cinema investigou e revela os seis graus de separação entre o longa de Nolan e o filme do gaúcho Beto Souza.
Depois de ter feito o audacioso e intrincado Amnésia (2000), Christopher Nolan começou a recolher os louros de um bem sucedido trabalho, podendo escolher qual seria seu próximo projeto com bastante cuidado. Em vez de trabalhar em uma história própria, o cineasta resolveu dirigir o remake de uma soturna produção norueguesa. Assim nasceu Insônia, o terceiro longa-metragem da carreira de Nolan e o único no qual não recebe créditos pelo roteiro (ainda que o tenha reescrito no final das contas). Para o protagonista, o atormentado policial Will Dormer, homem que vai ao Alaska caçar um criminoso e, pela falta de sono, acaba cometendo erros imperdoáveis, Nolan conseguiu um intérprete à altura do personagem: o inigualável Al Pacino.
Al Pacino vive o antagonista dos 13 homens de Danny Ocean neste divertido thriller cômico fechando bem a trilogia dirigida por Steven Soderbergh. No filme, Ocean (George Clooney) e seus comparsas juram vingança contra Willy Bank (Pacino) depois deste ter tirado seu amigo Reuben (Elliot Gould) dos negócios, o colocando no hospital. Mais uma vez, Danny terá de bolar um plano mirabolante para roubar uma quantia graúda de dinheiro e eliminar o seu adversário. No elenco cheio de estrelas, destaque para Brad Pitt, Don Cheadle e Matt Damon, com direito a nariz falso.
Matt Damon viu e, como muitos de nós, adorou Distrito 9 (2009), longa-metragem de estreia do cineasta sul-africano Neill Blomkamp. Portanto, quando surgiu a oportunidade de estrelar o novo filme do cineasta, Damon não pensou duas vezes. O nome do ator não foi o primeiro considerado por Blomkamp, que desejava um ator pouco conhecido para estrelar seu filme. O estúdio, no entanto, queria um nome grande para estampar os cartazes e, assim, Damon conseguiu o papel. Nesta ficção científica política, o mundo é dividido entre os ricaços, que vivem em uma estação especial chamada Elysium, e os miseráveis, que ocupam o planeta Terra. Quando Max (Damon) contrai uma séria doença, ele fará de tudo para chegar a esta estação, buscando sua cura. No elenco, bastante internacional, brilharam os brasileiros Wagner Moura e Alice Braga.
Wagner Moura e Alice Braga já haviam trabalhado juntos anteriormente aqui no Brasil, em uma produção assinada por Sérgio Machado chamada Cidade Baixa. O filme mostra como uma amizade forte pode ser abalada quando uma mulher se põe entre dois homens. A história até poderia parecer corriqueira, já que uma mulher ser alvo de disputa entre dois amigos não é nenhuma novidade. Mas o jeito forte que o cineasta Sérgio Machado escolhe para mostrar sua história não é nada comum. Os personagens de Cidade Baixa são cheios de desejo e são tomados por ele como se nada mais importasse. E não apenas desejo sexual. Tudo na vida dessas pessoas é impulsionada por vontades. No papel da stripper que serve como pomo de discórdia está Alice Braga. Os amigos são vividos por Wagner Moura e Lázaro Ramos.
Podemos dizer que Lázaro Ramos protagonizou o primeiro longa-metragem do até então curta-metragista Jorge Furtado. O divertidíssimo Houve uma Vez Dois Verões (2002) chegou antes aos cinemas, mas era tido mais como um exercício. O Homem que Copiava era diferente. Tinha ambição, era arrojado, com uma história cheia de links e momentos curiosos. Uma comédia pós-moderna, com lapsos de filme policial, que tinha em Lázaro Ramos o herói falho, o homem comum que se mete em problemas quando se apaixona por uma jovem mulher, vivida por Leandra Leal. No lado mais cômico da história, Pedro Cardoso fazia uma ótima dobradinha com a estonteante Luana Piovani.
Luana Piovani é novamente dirigida por um cineasta gaúcho no longa-metragem Insônia, uma co-produção Brasil/Argentina assinada por Beto Souza. Comédia romântica adolescente, o filme mostra os problemas que uma garota passa ao conhecer a namorada de seu pai, uma mulher 20 anos mais jovem que ele. Além de Piovani, o elenco conta com Lara Rodrigues, Daniel Kuzniecka e Leonardo Machado. Insônia foi exibido no Festival de Gramado em 2012 e chega agora aos cinemas.
