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Ok, a gente sabe que o principal motivo da comemoração da Páscoa é o renascimento de Jesus Cristo. Porém, não dá para negar que a data é muito mais lembrada pelo consumismo, o coelhinho e os ovos de chocolate que são presentados a torto e direito (mesmo que a economia não esteja favorável para tal). Ao mesmo tempo, o cinema mundial já apresentou vários filmes que tem como tema principal (ou coadjuvante marcante) o chocolate. Esta delícia, tão difícil de negar, já rendeu obras marcantes. Por isso, a equipe do Papo de Cinema resolveu celebrar a data com os dez melhores filmes que tem cacau no meio da história. Qual deles deixa você com água na boca? Confira!

 

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A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory, 1971)
Quantos de nós, quando crianças, nunca sonharam em encontrar o bilhete dourado dentro de uma barra de chocolate Wonka para visitar aquela fantástica fábrica? Esse talvez seja o grande segredo da produção estrelada por Gene Wilder: mexer com as fantasias infantis. Na trama, um menino pobre encontra em uma embalagem de doces o passaporte para um lugar incrível, comandado pelo excêntrico Willy Wonka. Em meio a canções e muito chocolate, o rapazinho descobrirá que tem muito mais caráter do que imaginava. Além de uma direção de arte caprichada e músicas inesquecíveis, A Fantástica Fábrica de Chocolate tem como trunfo um irretocável Gene Wilder, cativando como o inventivo Wonka. Sem contar que o filme deu ao mundo os personagens coadjuvantes mais kitch de todos os tempos: os Oompa Loompas. Divertido até hoje, sem envelhecer um dia sequer, o filme é a melhor pedida para um domingo de Páscoa.  – por Rodrigo de Oliveira

 

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Como Água Para Chocolate (Como agua para chocolate, 1992)
Muito antes de Alejandro Gonzalez Iñarritu e Alfonso Cuarón serem premiados no Oscar e de Guillermo del Toro realizar megaproduções cheias de efeitos especiais, o cinema mexicano já vinha chamando atenção de plateias de todo o mundo. E um bom exemplo disso é essa adaptação do romance homônimo de Laura Esquivel, também autora do roteiro. Com direção de Alfonso Arau – que com esse sucesso conseguiu carta branca em Hollywood para dirigir os irregulares Caminhando nas Nuvens (1995), com Keanu Reeves, e Juntando os Pedaços (2000), com Woody Allen – este romance histórico tem como foco a história de amor impossível entre Pedro e Tita, que não podem se casar enquanto a irmã mais velha dela permanecer solteira. O doce tentação aqui ganha ares mais sensuais e até mesmo pecaminosos, brincando com os desejos e sabores dos personagens. A popularidade da produção foi tanta que acabou sendo indicada ao Globo de Ouro e ao Bafta como melhor filme estrangeiro, além de ter sido premiado internacionalmente – inclusive no Festival de Gramado, no Brasil. Uma trama bonita e delicada, que brinca com os sentidos de todos os envolvidos em ambos os lados da tela ao dar destaques aos diversos sabores da vida. – por Robledo Milani

 

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Forrest Gump: O Contador de Histórias (Forrest Gump, 1994)
Filme adorado pela maior parte das pessoas, Forrest Gump pode não ser uma obra onde chocolates exercem um grande papel na história ou algo do tipo. Mas até hoje a produção é lembrada por causa de uma frase que o personagem-título, vivido por Tom Hanks, diz em determinado momento: “Mamãe sempre disse que a vida é como uma caixa de chocolates: você nunca sabe o que vai encontrar”. Pode ser uma fala bobinha e até mesmo infantil, não sendo uma grande e profunda reflexão, mesmo fazendo sentido dentro do contexto em que é inserida. Mas o que importa é que esse é o tipo de detalhe que, de um jeito ou de outro, ajuda a moldar a personalidade do cativante protagonista, que ao longo do filme participa de eventos importantes da história dos Estados Unidos mesmo tendo um Q.I. bem abaixo da média. Claro que a caixinha de chocolates de Forrest Gump não foi responsável pelo enorme sucesso do filme, tanto em termos de bilheteria quanto de crítica e prêmios. Mas pela fama que ganhou com o tempo, ela acaba fazendo com o que esse trabalho de Robert Zemeckis tenha seu lugarzinho em nossa lista. – por Thomás Boeira

 

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Chocolate (Chocolat, 2000)
A personagem de Juliette Binoche chega com a filha numa cidadezinha daquelas em que o tempo parece estacionado.  De cara, sofre preconceito por ser independente, por não ter um marido que valide sua família conforme a tradição. Acolher o grupo nômade que ancora por lá momentaneamente, divergindo do pensamento preconceituoso local, é outro dos “pecados” que lhe causam sanções. Abrir uma chocolateria, onde os frequentadores atingem o prazer pelo paladar, é visto como ação tão pecaminosa quanto entregar-se ao desejo. Aliás, Chocolate, de Lasse Hallström, é um dos filmes que melhor relacionam chocolate e prazer. Em meio a cenas nas quais vemos o manuseio da iguaria, deleite para os chocólatras, essa associação motiva observações críticas (num nível mais profundo) a respeito das culturas dominantes que, em nome da religião e de outros poderes coercitivos, relegam o prazer à condição de delito grave. Ouvir uma boa música, se deixar levar pelo tesão, comer chocolates, tudo é motivo de condenação aos olhos dos carolas de plantão, eles que vivem muitas vezes em penitência por desejarem o gozo tanto quanto aqueles que o atingem sem culpa. – por Marcelo Müller

 

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A Teia de Chocolate (Merci Pour le Chocolat, 2000)
Entre as sensações oferecidas por A Teia de Chocolate, thriller dramático escrito e dirigido por Claude Chabrol, a que mais permanece é amarga e pouco palatável, com algumas notas marcantes do estilo hitchcockiano e características que definem um excelente suspense psicológico. Mika Muller é a herdeira de uma fábrica de chocolates suíços em seu segundo casamento com André, pianista que entre os dois enlaces com ela foi casado com Louise, com quem teve um filho – ou talvez dois. Em sua quinta colaboração com Chabrol, Isabelle Huppert desenvolveu uma ambígua e misteriosa caracterização para Mika, composta sob uma máscara glacial eventualmente oculta por um ou outro sorriso supostamente delicado, porém repleto de malícia e perversão. A Teia de Chocolate carrega os códigos e a autoralidade de um cineasta que obviamente não possui intenções de apelar para sentimentalismos ou contar com a empatia ou benevolência de seus espectadores. Huppert, que no mesmo ano representou a inesquecível protagonista de A Professora de Piano (2001), se posiciona como a atriz ideal de Chabrol quando explora a sombria natureza humana, atrevida o suficiente para ser desprezível – o que por si só contradiz a suposta doçura indicada pelo título do filme. – por Conrado Heoli

 

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A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory, 2005)
À primeira vista, essa parece ser apenas uma refilmagem irrelevante de um clássico dos anos 1970, estimado por tantos. No entanto, é importante deixar a nostalgia de lado e ficar atento a dois importantes detalhes: primeiro, temos a direção. Ao invés do protocolar Mel Stuart, responsável pelo longa anterior, quem assina este novo filme é Tim Burton, um dos cineastas mais autorais da Hollywood atual. E em segundo lugar há uma diferença mais sutil, que passa desapercebida nas versões brasileiras: se por aqui ambos os filmes receberam o mesmo título, originalmente a situação é diferente – enquanto o anterior foi batizado dando destaque ao excêntrico Willy Wonka, dono da incrível fábrica de chocolates onde a ação se passa, dessa vez o foco está no pequeno Charlie, o garoto que encontra o bilhete dourado que dá acesso a esse mundo rígido e encantador. Quem não gostaria de estar no lugar dele? Basta não ser uma criança levada – assim como as demais visitantes – que a visita será inesquecível! Assim como esse filme mais recente, doce nos momentos certos e rígido quando necessário. – por Robledo Milani

 

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Lições de Chocolate (Lezioni di cioccolato, 2007)
Que o chocolate é afrodisíaco para muitos, isto é uma verdade universal. Afinal, o doce mais popular do mundo deixa as pessoas mais felizes e abertas (às vezes com alguns quilinhos a mais, mas isso não é problema). Neste filme italiano dirigido por Claudio Cupellini, a cidade de Perugia é o cenário perfeito para a comédia romântica que se desenrola de forma deliciosa. Afinal, a localidade é conhecida no mundo todo por sua produção à base de cacau. Através do protagonista inicialmente arrogante Mattia, conhecemos como funciona uma fabricação de chocolates, já que o filme, em sua boa parte, se passa na cozinha onde ele faz seu curso e conhece uma bela colega que vai fazer ele repensar a vida. Leve e gostoso, o longa não tem nenhuma inovação, mas diverte como poucos filmes do gênero conseguem hoje em dia. Além de dar aquela vontade de sair correndo em busca da primeira barra ou bombom que estiver na geladeira. – por Matheus Bonez

 

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Mary e Max: Uma Amizade Diferente (Mary and Max, 2009)
Mary e Max: Uma Amizade Diferente conta a história de um vínculo forte que se estabelece à distância. Um nova-iorquino recluso, com Síndrome de Asperger, passa a se relacionar com uma menininha australiana que, a seu modo, sente também uma grande inadequação, sobretudo perante as outras pessoas. Carta vai carta vem, surge uma amizade que transcende barreiras geográficas, na qual um questionamento como “de onde vêm os bebês?” ganha respostas lúdicas dos dois lados, boa mostra do terreno em que os personagens costumam caminhar. O chocolate assume papel de extrema importância no desenvolvimento da ligação entre Mary e Max. Ele é chocólatra assumido, além de gostar muito de cachorro-quente, tanto que funde as duas paixões em uma, criando o cachorro-quente de chocolate. Ao longo dos anos, eles trocam vários tipos de chocolate por correio, ou seja, o doce passa a ser uma espécie de símbolo da relação mantida firmemente, mesmo ante as eventuais brigas. Mary recebe de Max até mesmo formigas cobertas com chocolate. Entre uma entrega e outra, ambos aprendem a se conhecer, não apenas pelo que as palavras dizem, mas também em virtude do que o paladar sugestiona. – por Marcelo Müller

 

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Românticos Anônimos (Les émotifs anonymes, 2010)
“Oi. Meu nome é Angélique Delange e sou emotiva”, diz Angélique durante sua única interação social recorrente, num grupo de ansiosos anônimos. Naturalmente amedrontada e tímida, ela comemora a conquista de um emprego numa fábrica de chocolates, onde pretende colocar em prática todos os seus talentos culinários na confecção de doces. No entanto, a vaga disponível no local é para um trabalho como representante comercial e, como se a situação não fosse suficientemente tensa, ela é convidada para jantar pelo seu novo chefe, que possui tantas dificuldades em manter contato com outras pessoas quanto ela. Com esta curiosa premissa, Românticos Anônimos é uma comédia romântica doce e muito divertida, repleta de ótimos personagens e situações. O cineasta Jean-Pierre Améris, já premiado em Cannes por Les Aveux de l’Innocent (1996), apresenta no filme a curiosa situação de um casal improvável, que descobre na timidez extrema uma semelhança que pode os unir. O elenco é liderado pelos ótimos Isabelle Carré, de O Refúgio (2009), e Benoît Poelvoorde, de Coco Antes de Chanel (2009), que revelam uma química encantadora e deliciosa como o melhor dos chocolates. – por Conrado Heoli

 

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Hop: Rebeldes Sem Páscoa (Hop, 2011)
O nosso top não ficaria completo se falássemos de chocolate sem mencionar os tradicionais ovos de Páscoa e, é claro, o protagonista de uma das datas mais consumidas de todos os anos: o coelho! A animação misturada com live-action pode não ser um primor, mas é divertida ao contar a história de J.R., que deve assumir o lugar do pai como coelho da Páscoa oficial. É claro que, como um bom peixe fora d’água, ele tem outro sonhos e foge para o mundo dos humanos e para em Hollywood, onde pretende trabalhar com música e se tornar um grande baterista. Os chocolates podem até ficar em segundo plano nesta animação, mas nem por isso as guloseimas deixam de dar água na boca quando aparecem na tela. Além do mais, ter um dos mascotes mais adorados do mundo como protagonista é coisa rara no cinema. o que até chegar a ser estranho. Pode não ficar na memória, mas é um bom presente para esta época do ano. – por Matheus Bonez

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