Dirigido por Tabajara Ruas e Beto Souza, baseado no livro do primeiro, esta produção lançada em 2001 é um dos épicos mais bem realizados da nossa cinematografia. A trama, com narrativa não linear, conta a história do general Antônio de Sousa Neto (Werner Schünemann), que acorda em um hospital após ser ferido em combate, na Guerra do Paraguai, e começa a lembrar dos acontecimentos que o fizeram chegar até ali. Entre memórias e devaneios de fantasmas que o assombram, conhecemos de forma intensa a história do conflito dos Farrapos, guerra em que Netto participou ativamente, sendo figura de confiança de um dos líderes do movimento, Bento Gonçalves. Embora estejamos falando de uma produção nacional com óbvias restrições orçamentárias, Ruas e Souza conseguem construir um filme de proporções épicas de forma criativa e competente. As sequências com conflitos bélicos chamaram a atenção à época, pelo escopo. Mas muito mais que um filme sobre a Revolução Farroupilha, ele dá destaque ao personagem principal e à sua trajetória. No Festival de Gramado, venceu quatro kikitos, dentre eles Melhor Filme pelo Júri Popular, e em Brasília, o ator Werner Schünemann levou o merecido louro por sua atuação.
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