20140905 top 10 mitologia papo de cinema home

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Mitos podem sem classificados como histórias folclóricas baseadas em tradições e lendas feitas para explicar vários aspectos da vida, seja a criação do universo, do mundo, fenômenos naturais e qualquer outra coisa a que explicações simples não são suficientes. Talvez a mitologia que mais se aplica a esta explicação seja a greco-romana, mas não dá para esquecer as lendas vikings e de outras origens. Com a estreia da nova versão do mito de Hércules estrelada por Dwayne Johnson, a equipe do Papo de Cinema elevou suas crenças ao Olimpo, Asgard e outras pairagens e elegeu dez dos melhores filmes sobre as mais diversas mitologias. Confira!

 

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Ulysses (Ulisse, 1954)
Diversos épicos foram produzidos na chamada Era de Ouro de Hollywood, mas a maioria dos que foram inspirados em mitos não passavam de aventuras leves. Boa parte, com o nome de Hércules no meio. A ousadia deste projeto italiano é recontar o poema A Odisseia de Homero através de uma superprodução com o nome de Kirk Douglas à frente do elenco. A história é a clássica narrativa: com o fim da Guerra de Troia, Ulisses deve retornar para sua amada Penélope, na ilha de Ítaca. O caminho perdura dez anos já que o guerreiro encontra vários perigos, como ciclopes, sereias e a bruxa Circe, que transforma metade de seus homens em porcos. E o pior de tudo é chegar em casa e ter que lidar com os pretendentes ao redor da moça. Este filme pode não ter sido indicado a prêmios na época ou alcançado um grande sucesso de bilheteria, e por isso mesmo pode ter sido esquecido 60 anos depois. Ainda assim, é um dos marcos do cinema clássico no que diz respeito à mitologia e merece uma chance para um novo público sedento pelo tema. – por Matheus Bonez

 

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Hércules (Hercules, 1997)
As expectativas eram altas quando o time da Disney decidiu explorar a mitologia grega como tema para uma nova animação, época em que o estúdio buscava material original para uma produção que se aproximasse do sucesso de O Rei Leão (1994) e Toy Story (1995). Ainda que tenha uma modesta bilheteria, Hércules é uma aventura cômica e musical que funciona em todas as suas pretensões: lindamente animado e repleto de personagens cativantes, o enredo da animação é instigante, ainda que não sirva exatamente como uma aula de mitologia. Seguindo a clássica fórmula do monomito, o filme apresenta Hércules, filho de Zeus e Hera, destituído de seus poderes divinos após um plano maléfico de Hades – este que permanece como um dos melhores vilões da Disney, o que não é pouca coisa. Forçado a viver entre humanos, o semideus logo descobre que sua superforça o compele a uma grande missão. Com design de produção do aclamado cartunista inglês Gerald Scarfe, Hércules ainda merece mérito por sua dublagem original, que conta com as vozes de Tate Donovan, Danny DeVito e James Woods, além da inesquecível trilha musical de Alan Menken e David Zippel, indicados ao Oscar pela canção Go The Distance. – por Conrado Heoli

 

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E Aí, Meu Irmão, Cadê Você? (O, Brother, Where Art Thou?, 2000)
No Mississipi da década de 1930, Everett McGill, Pete Hogwallop e Delmar O’Donnell (interpretados por George Clooney, John Turturro e Tim Blake Nelson, respectivamente) são três fugitivos que tentam voltar para casa e reaver o dinheiro que roubaram de um banco. No caminho encontram várias figuras incomuns e se veem em situações inesperadas. À primeira vista, os talentosíssimos irmãos Joel Coen e Ethan Coen não fazem muita coisa envolvendo mitologia neste E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?. No entanto, para construir toda a história, os cineastas usaram como base o poema A Odisseia, de Homero, fazendo uma adaptação inteligente, divertida e que tem as marcas do cinema deles do início ao fim (não à toa o filme foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado). Além disso, o elenco se mostra afinado, desde Clooney, Turturro e Nelson, que tem uma bela dinâmica em cena, até as participações de figuras como John Goodman e Holly Hunter. Dessa forma, o filme se estabelece como uma obra admirável na maravilhosa filmografia dos irmãos. – por Thomás Boeira

 

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Tróia (Troy, 2004)
A sempre complicada e turbulenta relação entre deuses e homens poucas vezes foi tão bem explorada quando nesta verdadeira superprodução dirigida pelo alemão Wolfgang Petersen, baseado no poema clássico de Homero e que resgatou com propriedade os grandes filmes do gênero realizados décadas atrás. O herói Aquiles ganha rosto e corpo no astro Brad Pitt, que tem pela frente uma batalha impressionante contra os irmãos Hector (Eric Bana) e Paris (Orlando Bloom) pela mão da bela Helena de Tróia (Diane Kruger), a mulher mais linda da época. Realizado com um impressionante orçamento – o recorde de US$ 175 milhões – e com um elenco que ainda incluía nomes de destaque como Peter O’Toole, Julie Christie, Sean Bean, Garrett Hedlund e Brian Cox, o filme foi um grande sucesso de público e de crítica, tendo faturado quase US$ 500 milhões nas bilheterias de todo o mundo e indicado ao Oscar e em premiações tão distantes quanto o MTV Movie Awards, os Críticos de Londres e a Academia Japonesa de Cinema! Um épico com todas as letras, que não só resgatou uma temática milenar como se tornou referência para futuras produções similares. – por Robledo Milani

 

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A Lenda de Beowulf (Beowulf, 2007)
Inacreditavelmente interpretado por Ray Winstone, Beowulf é um lendário guerreiro a quem atribuem grandiosos feitos heroicos. Projeto de animação live action dirigido por Robert Zemeckis, A Lenda de Beowulf adapta para as telonas – com a ajuda de Neil Gaiman! – o famoso poema datado da Idade Média, contando a história deste mercenário que é chamado a um reino distante para deter um terrível monstro sanguinário. Ainda há aqui alguns problemas com a parte técnica, e principalmente os olhos sem vida de vários personagens incomoda um pouco, mas em comparação com O Expresso Polar (2004), por exemplo, Zemeckis demonstra claro avanço no uso da tecnologia e entrega um longa recheado de detalhes e, por seu próprio teor, mais maduro também. As cenas de ação não decepcionam, a trilha é empolgante, e a própria direção é inventiva e aproveita muito bem as liberdades que um cenário digital pode oferecer, não se prendendo a cortes óbvios e enquadramentos fáceis. Deste modo, fica muito mais divertido passear pelo sombrio mundo de Beowulf, habitado por monstros, feiticeiras e animais mortais. Importa se ele é mesmo o autor dos fatos que narram? Não, o que importa é que a diversão é bem real.  – por Yuri Correa

 

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Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010)
Há poucos casos em que o remake pode ser melhor que o original. No caso de Fúria de Titãs, a versão de 2010 pode não acrescentar nenhum elemento novo à história exibida nas telas em 1981, porém há muito mais efeitos especiais, é claro, além de um visual arrebatador. O longa coloca o mito de Perseu na roda, mas sem muita profundidade. O que importa aqui é se desligar de quaisquer camadas internas dos personagens ou de uma tese filosófica sobre sacrifício e se divertir com a ação ininterrupta. É o clássico embate entre Zeus (Liam Neeson), e sua maior criação, os humanos – de quem passaram a depender através de orações. Após se recusarem a fazer sacrifícios para seus mitos, o semideus Perseu (Sam Worthington) e todos os humanos devem se preparar para o confronto. O filme fez tanto sucesso que rendeu uma continuação (bem fraquinha, por sinal) dois anos depois. – por Matheus Bonez

 

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Percy Jackson e o Ladrão de Raios (Percy Jackson and the Olympians: The Lightning Thief, 2010)
Seguindo a mesma onda de tantos outros sucessos literários adolescentes – Harry Potter e Crepúsculo à frente – estava mesmo mais do que na hora de darem uma nova roupagem a um tema tão antigo quanto os ícones da Mitologia Grega, modernizando-a e, ao mesmo tempo, tornando-a atraente para um público jovem e sintonizado nas mais modernas tecnologias. O resultado é a série escrita por Rick Riordan e que já ganhou dois capítulos nos cinemas, este e sua continuação, Percy Jackson e o Mar de Monstros (2013), lançado três anos depois. Ainda que os resultados dos dois filmes não tenham sido os mais impressionantes nem junto ao público, muito menos no que diz respeito às críticas, ambos os longas foram eficientes em suas adaptações, agradando em cheio ao menos o espectador mais interessado, aquele que já conhecia bem os personagens dos livros. Mas há em cena elementos suficientes para atrair a atenção também dos curiosos desavisados, com tipos bem populares – Zeus, Hades, Perséfone, Medusa e Poseidon – muita ação e também uma dose equilibrada de comédia e romance. Uma eficiente Sessão da Tarde, com o mérito de servir de porta de entrada para um universo inegavelmente irresistível. – por Robledo Milani

 

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Thor (2011)
Criado por Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, o Thor dos quadrinhos é alicerçado na mitologia nórdica, mas seu DNA está carregado de uma série de outras influências quase tão importantes quanto. Há, por exemplo, uma evidente dimensão shakespeariana nesse derivado pop, evidenciada, sobretudo, pelo ambiente aristocrático e as intrigas palacianas advindas da relação familiar conturbada entre um monarca e seus herdeiros, características essas de boa parte da obra do Bardo.  Sendo assim, Thor é filho de duas mitologias, por assim dizer: a que concebe Asgard como verdadeira morada de deuses determinantes para os rumos do mundo e a da obra de Shakespeare, sedimentada quase como mito devido à sua importância e influência na literatura mundial. As versões para cinema, encabeçadas pela própria Marvel em 2011 e 2013, mantém o sumo de ambas as bases, assim como também acontece – ainda que em menor proporção – na participação de Thor em Os Vingadores (2012). Portanto, pode-se dizer que Thor, o dos quadrinhos e do cinema, é uma geleia feita de referências para virar produto popular, entretenimento de massa, muito embora nas HQ’s tenha rendido séries dignas de antologia, para longe do escapismo, configurando-se mesmo como arte. – por Marcelo Müller

 

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Imortais (Immortals, 2011)
Imortais é, acima de tudo e antes de mais nada, uma aventura à moda antiga, porém revestida pelo melhor que a tecnologia atual pode oferecer. Ela chegou ao público em impressionantes efeitos 3D e com um visual deslumbrante, combinando uma detalhada edição com um trabalho preciso de imagem e som. Mas se deixarmos tudo isso de lado o que teremos é a saga do pobre inocente (no caso, Henry Cavill como o camponês Teseu, abençoado por Zeus) contra o rico explorador (o Rei Hyperion vivido por Mickey Rourke). São elementos dramáticos há muito explorados e que aqui envolvem a plateia justamente pela franqueza com que se apresentam. Não há profundidade, personagens perturbados ou traumas a serem superados. Tudo é resolvido na base da espada ou por feitos sobrenaturais, e é isso que o público espera. E ao entregar o que promete, meio caminho já está andado. Ao combinar mitologias e seres fantásticos com um visual absurdamente impressionante, temos algo que diverte sem muito compromisso. Ou seja, na medida certa. – por Robledo Milani

 

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Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário (Seinto Seiya: Legend of Sanctuary, 2014)
Corram Cavaleiros do Zodíaco, vocês precisam salvar Atena contra o Mestre do Mal!” Quem teve sua infância nos anos 90 largava tudo o que estava fazendo e ia para frente da televisão quando ouvia a voz grave do narrador clamar pela força de “Seiya e os outros”. Exibido na TV Manchete a partir de setembro de 1994, o anime foi um grande sucesso, gerando um boom de vendas de brinquedos e revistas relacionadas ao assunto. A mitologia estava encrustada na trama do desenho, com Atena, Posseidon, Hades e tantos outros servindo de base para os personagens criados por Masami Kurumada. O êxito do desenho japonês foi tamanho que eles invadiram o cinema também, com Os Cavaleiros do Zodíaco: O Filme, produzido no Japão em 1988 e aportando nas telonas brasileiras em 1995. Outros longas-metragens foram exibidos no cinema, mas já depois da febre ter passado. Agora, vinte anos depois da estreia do seriado na tevê brasileira, chega aos cinemas uma nova versão da clássica Saga das 12 Casas. Em Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário, Seiya e seus amigos aparecem em versão repaginada, em computação gráfica, tendo de defender Saori, a reencarnação de Atena. Programa nostálgico para os fãs das antigas e uma forma de reapresentar o anime para as novas gerações. – por Rodrigo de Oliveira

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
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